Estudo do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MT) nesta terça-feira (16) mostra que o mercado imobiliário estadual movimentou cerca de R$ 4,2 bilhões em 2023. O montante é 1,4% superior em relação ao obtido no ano anterior.
Em contrapartida, o ganho em receita vai na contramão do número de unidades comercializadas ao longo do ano. Isso porque foi observado um recuo de 14% no índice de unidades comercializadas no período, chegando a 9.218 imóveis em 2023.
Apesar da redução observada na pesquisa, o valor total transacionado se aproxima da máxima histórica de 2021, quando foi registrado uma circulação no setor de mais de R$ 4,3 bilhões. Já o número de unidades comercializadas segue em queda pelo segundo ano consecutivo, quando em 2021 atingiu o recorde de vendas, com quase 12 mil imóveis.
O presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, que também responde pela vice-presidência da Fecomércio-MT, ressalta, inclusive, que foi observado um aumento significativo no valor total de vendas de imóveis entre o 4º trimestre de 2022 com o mesmo período de 2023. “O último trimestre do ano passado apresentou um sinal de recuperação, com um notável aumento transacionado, passando de R$ 895.9 mi em 2022 para R$ 1,1 bilhão em 2023, um crescimento de aproximadamente 23%”.
Os dados de 2023 mostram que a maioria dos imóveis vendidos no ano são usados (8.275) e apenas 943 foram de novos empreendimentos. Do total comercializado, a maioria (3.958) foram de apartamentos. As regiões leste e oeste da capital mato-grossense foram as mais buscadas, correspondendo a 64,6% total comercializado, em áreas consideradas residenciais.
O ticket médio saltou em 13,6% entre 2022 e 2023, com uma média de gasto de R$ 456.215,03, sendo que no último trimestre de 2023, o valor chegou a R$ 505,3 mil. O responsável técnico pela pesquisa e vice-presidente do Secovi-MT, Guido Grando Junior, destacou a tendência de compras por parte dos consumidores.
“Essa mudança sugere que, embora haja uma diminuição no volume de unidades comercializadas, os imóveis vendidos tendem a ser de maior valor, indicando possivelmente uma preferência por imóveis de alto padrão”, ressaltou o vice-presidente do Secovi-MT.
Pessoz também conclui que o “mercado imobiliário de Cuiabá demonstra resiliência e adaptabilidade diante das mudanças econômicas, revelando um cenário que mescla dinamismo e estabilidade. A análise dos indicadores do 4º trimestre e a comparação anual de 2022 e 2023 indica uma consistência que fornece segurança para os investidores”.
O estudo de evolução do mercado imobiliário conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT, em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.