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Sete crianças morreram por bala perdida no RJ em 2017

Sete crianças morreram vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro somente em 2017, segundo levantamento da ONG Rio de Paz. O caso mais recente foi do menino Renan dos Santos, baleado na cabeça na noite de domingo (3), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando o pai dele tentava fugir de um arrastão. A criança será homenageada em um ato organizado pela ONG na tarde desta terça-feira (5), na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio.

Durante o protesto também serão exibidos 38 cartazes com as fotos de crianças que tiveram a vida interrompida em tiroteios (bala perdida ou não) no Rio desde 2007.

Casos registrados em 2017

Em janeiro, a menina Sofia Lara Braga foi baleada no rosto quando brincava, na companhia do pai, na área de lazer de uma lanchonete em Irajá, zona norte do Rio. De acordo com testemunhas, no momento em que Sofia foi atingida, viaturas da Polícia Militar perseguiam um carro na avenida que fica em frente ao estabelecimento.

No dia 15 de fevereiro, Fernanda Adriana Caparica Pinheiro foi ferida durante um confronto entre traficantes no conjunto de favelas da Maré, também na zona norte. A criança de 7 anos estava brincando em casa, no Parque União, quando foi atingida por uma bala perdida no tórax. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.

Em março, Maria Eduarda Alves da Conceição foi ferida por uma bala perdida dentro do Colégio Daniel Piza, em Acari, também na zona norte. De acordo com a Polícia Militar, a estudante de 13 anos foi atingida por um disparo durante um confronto entre suspeitos e militares no Complexo da Pedreira, perto do Rio Acari. 

No mês de abril, Paulo Henrique de Oliveira foi baleado em casa durante um tiroteio no Complexo do Alemão, na zona norte. O menino de 13 anos foi atingido na barriga, na localidade conhecida como Chuveirinho, na Grota, e morreu no hospital.

Em julho, a menina Vanessa dos Santos morreu após ser atingida na cabeça por uma bala perdida durante confronto na região conhecida como Boca do Mato, no Lins de Vasconcelos, na zona norte.

Também em julho, morreu o bebê Arthur, um mês depois de ter sido baleado enquanto ainda estava na barriga da mãe, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A gestante foi ferida durante um confronto entre policiais e criminosos. 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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