Cidades

SES diz que mortes de fetos não ocorreram dentro de hospital de Sorriso

Foto Ilustração

A Secretaria de Saúde (SES) de Mato Grosso rebateu as acusações de mães que disseram que sofreram interrupção de gravidez no Hospital Regional de Sorriso (395 km de Cuiabá). De acordo com a Pasta, os fetos já estariam mortos quando as grávidas chegaram no local, contrariando a versão das gestantes que acusam negligência por parte do corpo médico. Os casos foram registrados entre os dias 3 e 13 deste mês.

Por meio da assessoria de imprensa, a Pasta afirmou que não tem como averiguar a denúncia, já que as mortes não aconteceram dentro do Hospital Regional. Para a Secretaria quem deve fazer a investigação é o município de Sorriso e a Vigilância Sanitária, pois as mães teriam passado mal, justamente por que os fetos já estavam mortos.

“Ainda de acordo com a direção, as gestantes chegaram até o HRS encaminhadas pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Posto de Saúde do município apresentado dores, sangramentos e fetos sem batimentos cardíacos e movimento”, diz trecho do documento.

Elas teriam sido encaminhadas pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e pelo Posto de Saúde Familiar (PSF) para o Hospital Regional, que é responsabilidade do município.

Apesar de afirmar não ser de sua alçada, a SES ainda diz que acompanha o caso, mas de “mãos atadas”. Segundo a assessoria, é necessário saber se essas mães fizeram o pré-natal corretamente e quais foram os profissionais que fizeram o acompanhamento.

Entenda o caso

O município de Sorriso registrou quatro mortes fetais com a idade que varia entre 27 e 39 semanas de gestação e chamou a atenção pelo curto intervalo entre as mortes.

O caso veio a publico depois de um programa de TV, “Cidade Alerta”, expor o caso à sociedade. A morte mais recente foi a de um bebê de 37 semanas, que ocorreu no último dia 13.

A mãe da criança, de apenas 16 anos, compareceu a uma clínica no dia 10 para fazer uma ultrassonografia e o médico a encaminhou para a UPA, pois segundo ele, o bebê estava prestes a nascer.

No dia seguinte, a garota procurou a UPA sentido contrações, mas a médica encaminhou a paciente para o Regional, já que estaria com dilatação suficiente para fazer o parto.

Ela teria ido à unidade de saúde e liberada pelo médico plantonista, que teria recomendado Buscopan para aliviar as dores e que a criança não iria nascer naquele momento.

Na segunda-feira (13), a adolescente foi ao Ambulatório Multiprofissional de Especialidades (AME). O médico não ouviu o batimento do bebê e encaminhou a jovem para o Hospital Regional de Sorriso, que constatou a morte do feto.

Veja as notas abaixo:

A Secretaria de Estado de Saúde informa que, de acordo com a direção do Hospital Regional de Sorriso, foram registrados 02 óbitos por descolamento de placenta e 03 natimorto. O HRS informou ainda a morte de 01 recém-nascido de 01 mês e 19 dias, o óbito ocorreu na residência do bebê que não chegou a ser atendido no HRS. Ainda de acordo com a direção, as gestantes chegaram até o HRS encaminhadas pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Posto de Saúde do município apresentado dores, sangramentos e fetos sem batimentos cardíacos e movimento. Foi ofertado as gestantes atendimento médico apropriado para o caso. A causa da morte desses fetos ainda é desconhecida.

Confira a nota do Hospital Regional na íntegra:

O Hospital Regional de Sorriso presta as seguintes informações sobre os óbitos fetais ocorridos nos últimos dias:

Foram quatro óbitos fetais e não oito como informado por um apresentador de TV. São gestantes com cadastro informado como munícipes de Sorriso;

O histórico que temos destes óbitos é:

a) Uma gestante de 39 semanas de gestação que veio encaminhada da UPA com dor abdominal, discreto sangramento e ausência de batimentos cardíacos fetais;

b) Uma gestante de 25 semanas (prematuridade extrema) com dor abdominal intensa, descolamento de placenta e ausência de movimentação fetal e de batimentos cardíacos fetais;

c) Uma gestante veio encaminhada da UPA com dilatação total e ausência de batimentos cardíacos fetais. Gestação de aproximadamente 6 meses;

d) Uma gestante de 39 semanas de gestação encaminhada por uma médica de um posto de saúde do município com ausência de batimentos cardíacos fetais.

O levantamento minucioso de cada óbito fetal é feito o rotineiramente pela Vigilância Epidemiológica da secretaria Municipal de Sorriso.

Felipe Leonel

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