Na manhã desta terça-feira (04), servidores públicos federais do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), Instituto Federal (IF-MT), docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), se reuniram para uma manifestação na Praça Ulisses Guimarães, localizada na Avenida do CPA.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Roni Rodrigues, o motivo da unificação do movimento grevista é a falta de propostas do Governo Federal. ‘’A proposta do governo, vem unificada para todos nós então a nossa contraproposta também deve ser em unidade, porque enquanto não vencermos as pautas unificadas não tem possibilidade de entrarmos nas especificas de cada setor’’, explica o sindicalista.
A representante do Comando de Greve do INSS, Aparecida Soares, exemplifica alguns dos pontos que a categoria reivindica e o porquê da unificação dos sindicatos. ‘’ Nos unimos para a causa ter força, juntos podemos pressionar o governo. Trabalhamos para aposentar o cidadão, porém nós mesmos somos impedidos de adquirir esse benefício, porque o nosso salário cai para 50%’’, pontua.
Os protestos fazem parte do movimento grevista de todos esses setores que buscam por reposição das perdas salarias – por causa da inflação – de 27,3%, 30 horas de trabalho para todos os funcionários e concursos públicos para repor o quadro de servidores.
A Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) também esteve presente com representação do docente Maelison Neves. ‘’Faz parte das ações dos servidores públicos federais se unir. Além de todas as reinvindicações já faladas, os cortes de verba para educação. Precisamos de mais concursos públicos, a demanda aumenta e o número de servidores apenas diminui’’.
O movimento também teve apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE). "O DCE tem uma concepção de estar do lado da população contra a retirada de seus direitos. E neste ano o governo efetuou muitos cortes na educação e os servidores estão lutando por algo que no futuro fara diferença para nós que estamos estudando e podemos um dia estar no lugar deles, o DCE precisa apoiar e estar juntos com os outros setores", diz a estudante de Ciências Sociais, Giulia Medeiros.