Servidores estaduais que se concentravam em manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) desde a manhã desta quarta-feira (1º) entraram em confronto com a Polícia Militar por volta das 14h desta quarta-feira (1º). A confusão começou quando representantes de alguns sindicatos tentavam puxar a grade de proteção que cercava o prédio do Palácio Tiradentes. Os PMs atiravam bombas de efeito moral para afastar os manifestantes. Eles revidaram atirando pedras na direção do policiais, como mostrou a Globonews.
O grupo usou uma corda para derrubar o cercado. Os manifestantes pedem, entre outras pautas, a regularização dos pagamentos. Por volta das 13h, os servidores bloqueavam o trânsito na Rua Primeiro de Março, que foi fechada ao tráfego de veículos.
Os manifestantes se espalharam pela Rua Primeiro de Março. A Igreja de São José permanecia fechada durante a confusão. Alguns servidores usavam como escudo cartazes onde se lia a palavra "Paz".
Prevendo novos protestos, a assessoria da Casa informou que o efetivo que fará a segurança do entorno da Alerj será a mesma que a do fim do ano passado. Serão 500 homens da Polícia Militar e Força Nacional que vão se revezar para guardar o perímetro do palácio.
Privatização da Cedae
Os servidores da Cedae, por exemplo, pedem que a empresa não seja usada como moeda de troca pelo poder estadual no acordo fechado com o poder federal para receber ajuda financeira. De acordo com os trabalhadores, a empresa registrou lucro de R$300 milhões no último ano. Eles pediram que a área de saneamento receba mais investimentos.
O deputado Carlos Osório (PSDB) foi interpelado por manifestantes quando entrava na Alerj. "O governo do estado está cometendo do mesmo erro ao preparar o pacote sem dialogar com a população. O governador negociou sozinho em Brasília e não temos informação do que foi negociado", contou Osório, destacando que é impossível fechar um acordo dessa proporção sem conversar com os parlamentares do RJ e com setores da sociedade. Logo no início da sessão, deputados do PSOL exibira cartazes de protesto contra as medidas de ajuste fiscal.
Fonte: G1