Servidores e imprensa estão sendo barrados de entrar no Plenário da Assembleia Legislativa para assistir a sessão em que será votado o projeto de lei, que estabelece datas e parcelas para aplicação da Revisão Geral Anual (RGA). Há movimentação intensa na entrada da Casa, onde policiais militares e seguranças distribuem senha e exigem revista antes de liberar o acesso.
“Estamos aqui esperando para entrar e não sei por que estamos sendo barrados, sendo que tem espaço ainda lá dentro. E tem PM e seguranças da Casa fazendo revista e distribuindo senha para liberar a entrada do pessoal”, conta o professor estadual Nestor.
O início da sessão em que será votado o projeto de lei montado pelo governo estava previsto para as 17h30, mas até o momento não há movimentação de deputados para abrir os serviços.
A votação do projeto deve ser demorada visto que não existir consenso entre os deputados sobre a proposta do governo. Um grupo diz que a Casa deve somente homologar o texto após um acordo entre o Fórum Sindical e o governo, enquanto outro, formado em sua maioria pela base governista, defende a aprovação do projeto para pôr fim a greve de 29 categorias que já dura quatro semanas.
O governo propõe o pagamento de 11,28%, corrigindo a perda pela inflação do ano passado, em duas etapas, a primeira em três parcelas de 2%, entre setembro próximo e março do ano que vem, e os outros 5,28% em duas vezes em maio e setembro de 2017. No entanto, a aplicação da correção está condicionada a redução de gastos públicos com a folha de pagamento, abaixo de 49%.
Vigília
Há servidores em acampados em frente ao prédio da Assembleia Legislativa para acompanhar a sessão do lado de fora. As manifestações das categorias em greve começaram a intensificar na sexta-feira (17), quando portões de órgãos públicos foram bloqueados no Centro Político Administrativo (CPA) para impedir a entrada de outros funcionários que não participam do movimento. Ontem, foi a vez das secretarias de Educação (Seduc) e Infraestrutura (Sinfra).
Algumas categorias têm descumprido decisão judicial que determinou a retomada dos trabalhos com multa de R$ 10 mil ao dia.
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