Os servidores do sistema penitenciário de Mato Grosso entraram no quinto dia de greve nesta terça-feira (21) e seguem sem previsão de retorno às atividades. Na sexta-feira (17), um dia após o anúncio da paralisação, a Justiça determinou, a pedido do estado, que os trabalhadores retornassem ao trabalho imediatamente, no entanto, a decisão não foi cumprida.
Nesta terça, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen), responsável pela manifestação, informou que ainda não foi notificado da decisão e, por isso, vão manter a greve.
Desde o anúncio da paralisação, os servidores pararam de receber novos detentos nas penitenciárias do estado e nem visitantes.
Ao decidir sobre o pedido do estado, a desembargadora Antônia Gonçalves afirmou que a greve dos policiais pode trazer "danos a toda população que depende do sistema prisional do Estado de Mato Grosso".
A magistrada afirmou ainda que os policiais penais estão enquadrados como servidores da Segurança Pública e, portanto, não podem realizar greve.
Ao todo, Mato Grosso tem 3 mil policiais penais. A categoria cobra a valorização salarial e equiparação da remuneração com a de outras categorias da segurança pública.
Cartilha da greve
Uma cartilha elaborada pelo Sindspen com critérios sobre a forma como os profissionais devem agir durante a greve da categoria, para cobrar melhores condições salariais, diz que o ingresso de novos presos no sistema deve ser recusado nesse período.