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Servidores de 33 categorias do estado do RJ estram em greve hoje

 Profissionais da educação se concentram em protesto no Largo do Machado (Foto: Matheus Rodrigues/G1)

Trinta e três categorias de servidores estaduais do Rio assinaram nesta quarta-feira (7) um documento anunciando greve. Várias já estavam com serviços paralisados antes da assinatura. Como mostrou o Bom Dia Rio de quinta-feira, profissionais de educação, saúde, policiais, funcionários do Detran e do judiciário estão entre os que participam do movimento.

O governo estadual ainda não confirmou como — integral, escalonado ou parcelado — e quando será pago o salário de março de todos os seus servidores. 

Sindicalistas afirmam que os atendimentos de emergência serão feitos, como exige a lei. As categorias exigem a normalização do pagamento dos salários dos servidores do Rio, além de reivindicações particulares de cada setor. A adesão às paralisações e os serviços que estãos sendo restritos também variam. Confira algumas das particularidades dos movimentos de categorias:

Policiais
Os policiais civis, por exemplo, entraram em estado de greve na quarta (6), de acordo com a agência Brasil, e afirmam que a partir de sexta-feira (8) fazem paralisação registrando apenas casos mais graves e que não podem ter os registros feitos depois. Segundo o sindicato, os servidores querem a volta do calendário de pagamentos no 1º e 2º dia úteis do mês, reajuste acima da inflação do período, 13º salário integral, regularização do pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS) e da premiação por área de redução de crimes. A última paralisação dos policiais civis durou 3 dias. 

Educação
Já os profissionais de educação estão parados há 36 dias, e nove escolas estão ocupadas. A adesão, entretanto, não incluiu todos os professores durante todo o período.  O movimento tem reivindicações financeiras e pedagógicas. Dez escolas estão ocupadas por alunos, que pedem melhorias no sistema educacional.

Detran
No Detran, um ato impediu atendimentos no Centro do Rio na quarta-feira. De acordo com o órgão, os postos de vistoria estão funcionando regularmente, mas em algumas unidades poderá haver dificuldade para a emissão de documentos, já que alguns licenciadores não-terceirizados aderiram à paralisação.

Protesto interditou Laranjeiras
Nesta quarta, em protesto contra a administração estadual, servidores públicos saíram em passeata por ruas da Zona Sul e interditaram completamente a Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, por aproximadamente duas horas. Os cerca de 2 mil funcionários públicos se reuniram no Largo do Machado e, depois, por volta das 15h50, partiram em direção ao Palácio Guanabara. 

Enquanto os manifestantes seguiam para o palácio, representantes do Movimento Unificado de Servidores Estaduais (Muspe) e Sindicato de Profissionais da Educação (Sepe) já estavam reunidos com o governador em exercício, Francisco Dornelles, e o secretário de Governo, Affonso Monnerat.

Durante a reunião, de acordo com a coordenadora do Sepe Marta Moraes, o governador disse aos representantes dos servidores que se "estivesse no lugar" deles, "estaria fazendo a mesma coisa", ou seja, protestando. O G1 não conseguiu confirmar a fala de Dornelles com o governo.

"Ele falou que se estivesse no nosso lugar, estaria fazendo a mesma coisa. Por que nós estamos sem salário, e estamos sem condições de pagar as nossas contas. Então ele afirmou que a nossa pauta, a nossa luta, é uma luta justa. Se o governador considera a nossa luta justa, nós queremos que ele cumpra a nossa pauta", afirmou a diretora do Sepe.

Embora tenha se mostrado favorável à manifestação dos servidores do estado, o governador não foi preciso quanto às soluções para a crise no funcionalismo público, segundo relato dos funcionários. Presidente do Sindicato de Servidores do Degase, João Rodrigues disse que só na próxima semana o governo poderia apresentar algo concreto sobre, por exemplo, os salários dos servidores – que estão atrasados.

Enquanto representantes das categorias de profissionais do estado se reuniam com o governador, servidores protestavam do lado de fora do palácio. Os quase 2 mil manifestantes tomaram a frente da sede do governo e lá permaneceram por quase duas horas. A Rua Pinheiro Machado, uma das principais vias do bairro de Laranjeiras, ficou totalmente interditada nos dois sentidos, Botafogo e Túnel Santa Bárbara, Centro.

Entre gritos e palavras de ordem contra o governo, os manifestantes pediam uma posição contundente de Dornelles em relação às reivindicações das categorias.

Greve e escolas ocupadas
No dia 2 de março, os profissionais da educação entraram em greve. Pelo menos dez colégios já foram ocupados por alunos em apoio aos professores. Os estudantes também tem outras reivindicações, como ar-condicionados nas escolas e melhorias em infraestrutura.

A Secretaria de Educação (Seeduc) diz que não vê "nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades" e afirma que há partidos políticos por trás das ocupações de alunos.

Até a tarde desta quarta, a situação do pagamento do salário dos servidores seguia em aberto, como apurou o G1. Segundo o governo, a chance de o pagamento integral ser feita até o 10° dia útil deste mês é muito pequena, como informou o RJTV.

No entanto, o governo ainda tem a expectativa da liberação do empréstimo de R$ 1 bilhão, aprovado pelo governo federal. Com a verba, seria possível efetuar o pagamento de toda a folha. Até sexta (8) deve ser definida a data e as condições do pagamento da folha de março.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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