Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental (Sintaesa), Ideueno Fernandes, a proposta da prefeitura prevê um ano de indenização para cada ano trabalhado, incluindo o tempo de serviço computado para quem foi contratado através das empresas prestadoras de serviço (inclusive os institutos Idep e Oros). “O valor a ser usado como parâmetro é o que consta nas carteiras de trabalho. De acordo com o plano a prefeitura pretende solicitar a CAB Ambiental que contrate os trabalhadores durante um período mínimo de seis meses. Mas para isso, a categoria tem que desistir de ações trabalhistas contra a Sanecap”.
Fernandes conta que o piso de cerca 600 servidores (sendo 150 terceirizados) é de R$ 710 e os trabalhadores não analisam vantagem em terem o serviço garantido por apenas seis meses.
“Essa proposta é ridícula, questiona Dorival Verissímo Rocha, leiturista cadastrista da Sanecap”.
O eletricista Wanderson Vasconcelos, diz que a categoria quer uma proposta justa, onde os funcionários que foram aprovados nos dois concursos, realizados em 2002 e 2009, sejam beneficiados da mesma forma. “O valor oferecido é mínimo para pessoas que prestaram o certame em busca de estabilidade no emprego. Por isso, a categoria pede pelo pagamento de 24 salários como indenização. Esse seria o justo, uma vez que eles vão perder a estabilidade no emprego e recebem um salário abaixo do oferecido no mercado”, afirma o funcionário.
O município propôs indenização equivalente a um salário de cada trabalhador a cada três anos trabalhados, o que foi rejeitado. Alguns setores da prefeitura defendem um salário para cada ano. Os trabalhadores insistem em uma indenização de 24 meses sobre o salário base para todos de forma homogenia.
Regina Botelho- Da Redação
Fotos: Mary Juruna
