A servidora que revelou os documentos teria superado a busca da polícia em sua perspicácia. Isso porque, durante a Operação Malebolge, quando houve a busca e apreensão, a Polícia Federal ficou mais de 12 horas no gabinete de José Carlos Novelli. Tudo teria sido vasculhado minuciosamente, até mesmo com a retirada de quadros, forros e cortinas. Porém, sete meses depois, a assessora da atual conselheira interina entrou no gabinete do conselheiro Novelli e reparou que uma parte das cortinas estava aberta e precisava ser fechada e outra parte parecia estar ao contrário, com o forro à mostra. Assim que foi arrumar o forro, ao puxar a cortina, viu que caiu algo no chão, parecendo um envelope, com dizeres do Estado de Mato Grosso, uma espécie de “plano de ação”. E claro, o depoimento sigiloso da assistente à Polícia Federal e as provas até então ignoradas acabaram vazando para a imprensa.