Política

Servidor afirma que terreno de R$7 mi estava em nome de terceiros

Cintia Borges/ Valquiria Castil

A juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, ouve nesta terça-feira (20) dez testemunhas arroladas na "Operação Seven", deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). A operação, deflagrada em 2015 apura esquema de desvio de R$ 7 milhões para compra de um terreno pelo Estado na região do Lago do Manso.

O servidor da Secretária de Meio Ambiente (Sema), biólogo Alexandre Batistela prestou depoimento durante quase 4 horas à juiza. Ele afirma que foi até o terreno e fez a vistoria. No laudo, Batistela comprova que a região tinha potencial para pecuária extensiva e seria uma atividade econômica viável. 

Contudo, revela que não houve planejamento de manejo no parque adquirido pelo Estado. Ele ainda confessa que as informações passadas pelo dono do terreno, o médico Filinto Corrêa da Costa não batem com os estudos técnicos. 

O servidor diz que uma das matrículas da área está em nome de um condomínio e que não houve audiência pública para discutir a venda da área ao Estado. Para o biológo, os critérios de venda são desconhecidos, já que a venda aponta 10 mil hectares e a área possui 100 mil hectares.

Há um problema nas matrículas que a 1063 não estava só no nome de um Filinto. Estava no nome de um condominio também. Por isso a compra não poderia ter sido feita. Uma outra matrícula estava no nome do Filinto e da esposa dele, e me parece que foi o Filinto que assinou pela esposa", conta.

Prestarão depoimento ainda nesta terça-feira:  Frederico Guilherme de Moura Muller, José Vitor da Cunha Gargaglione, Luis Fernandos Pinto Barcelos, Filinto Correa da Costa Junior, Rizzo Lopes Galvão, Marcos Cury Roder, Jurandi Benedito de Arruda e Elton Antonio Silveira.

Redação

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