Os cidadãos não serão autorizados a deixar suas casas entre 18 e 21 setembro, numa tentativa de evitar que a doença se espalhe ainda mais e permitir que os profissionais de saúde identifiquem casos nos estágios iniciais da doença, disse Ibrahim Ben Kargbo, assessor presidencial para a força-tarefa contra o Ebola no país africano.
"A abordagem agressiva é necessária para lidar com a propagação do Ebola", disse ele à agência de notícias Reuters.
Até sexta-feira, Serra Leoa tinha registrado 491 do total de 2.097 mortes atribuídas ao Ebola na África Ocidental desde março, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Semanas cruciais
As Nações Unidas fixaram como meta deter a expansão da epidemia de Ebola nos próximos seis a nove meses, conforme afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Depois de uma reunião com autoridades da saúde, Ban afirmou que 'as próximas semanas serão decisivas' para intensificar os esforços internacionais para combater a maior epidemia mundial de Ebola.
Ban fez um apelo para que os países da ONU 'forneçam os 600 milhões de dólares necessários' para apoiar os países mais afetados pela epidemia.
"Precisamos de contribuições em pessoal, material e financiamento dos governos, do setor privado, das instituições financeiras e das ONGs", afirmou, exigindo "um aumento em massa da ajuda" em médicos e equipamentos.
Anunciando a criação de um "centro de crise para o Ebola", o secretário-geral afirmou que 'o objetivo é deter a transmissão da doença a fim de evitar sua propagação no mundo'.
G1