Pessoas passam por outdoor com alerta sobre o ebola na cidade de Freetown, em Serra Leoa, na sexta (15) (Foto: AP Photo/Aurelie Marrier d'Unienville)
O governo de Serra Leoa confirmou um novo caso de ebola nesta quarta-feira, o segundo em menos de uma semana, em um novo retrocesso nos esforços para encerrar uma epidemia de dois anos que matou mais de 11.300 pessoas.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Sidi Yahyah Tunis, afirmou que a nova vítima é uma mulher de 38 anos, uma parente que ajudou a cuidar da vítima anterior Mariatu Jalloh. Jalloh morreu da doença em 12 de janeiro e teve teste positivo para ebola postumamente.
O caso de Jalloh foi identificado um dia após a OMS (Organização Mundial da Saúde), ter anunciado o fim da epidemia no oeste da África. A Libéria havia registrado os últimos casos antes de a ressurgência do vírus ocorrer em Serra Leoa.
A paciente morta pelo vírus em 12 de janeiro era uma estudante de 22 anos. Sua morte deixou sanitaristas preocupados porque autoridades locais falharam em cumprir protocolos básicos.
Um relatório afirma que ela permaneceu na casa em que morava ao lado de outras 22 pessoas enquanto estava doente. Além disso, o corpo da jovem teria sido lavado por cinco pessoas, um costume local que vinha contribuindo para a transmissão do vírus.
O Ministério da Saúde de Serra Leoa afirmou que 28 das pessoas em quarentena são considerados casos de alto risco, por terem entrado em contato direto com a Jalloh.
"Uma investigação de casos ativos continua em quatro distritos para onde se sabe que a jovem viajou", afirmou comunicado.
A fonte da transmissão permanece desconhecida, mas já se sabe que a vítima havia viajado para a fronteira entre Serra Leoa e Guiné, um dos últimos focos de ebola antes de o país ter erradicado a doença em 7 de novembro.
Fonte: G1