"Não vou dizer para você que vou me candidatar de novo a presidente, mas tenho muito jogo pela frente", disse Serra ao jornalista Mario Sergio Conti, que o questionou sobre suas aspirações no passado em se tornar um "homem de Estado", citando trechos do livro de memórias "Cinquenta Anos Esta Noite", recém-lançado pelo ex-governador.Na entrevista, Serra disse que "é claro que eu gostaria de ter ganho a eleição", mas atribuiu às "circunstâncias" ter perdido para Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e em 2010 para Dilma Rousseff.
"Em 2002, quando eu fui candidato pela primeira vez, a população toda, ou a grande maioria, queria mudar, eu representava uma continuidade […] Em 2010, aconteceu o contrário, eu era até primeiro nas pesquisas, mas a população não queria mudar", justificou. "Então, era bater contra a parede", completou.
Serra disse que ainda avalia qual cargo no Legislativo deve disputar e que a decisão sairá até o final de deste mês, quando termina o prazo para registro de candidatura."No Senado, você tem mais facilidade para, por exemplo, encaminhar um projeto, até para se comunicar, em face do número [menor de parlamentares]. E o Senado, é a casa dos estados, porque cada estado tem três representantes. Eu conheço profundamente a questão entre estados, de São Paulo e o resto, o Senado é uma opção boa também e a Câmara, eu fui deputado oito anos, também tenho experiência nessa área", ponderou.
Até o fim do ano passado, parte do PSDB ainda nutria esperanças de que Serra se candidatasse novamente à Presidência, no lugar do senador Aécio Neves (MG), que acabou consolidando seu nome após ser escolhido presidente nacional do PSDB. Só em dezembro, Serra anunciou que não iria disputar a indicação do partido.Recentemente, Serra também negou a intenção de se candidatar a vice na chapa do mineiro.
G1