Apontado como um dos principais desafios do próximo Governo, a política de concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso irá passar por uma profunda análise. E o responsável por este levantamento será o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Seneri Paludo.
Paludo, que recentemente ocupou a Secretaria de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, foi anunciado na manhã desta quarta-feira (25), como novo secretário do staff do eleito, Pedro Taques (PDT).
Com base na reforma proposta por Taques, visando o enxugamento da máquina, a secretaria de Desenvolvimento Econômico irá unir as pastas de Indústria, Minas e Energia, a de Turismo e ainda a da Agricultura.
O novo secretário afirma que está bem confortável com a missão atribuída a ele, que é a de ‘esmiuçar’ os incentivos fiscais concedidos no Estado. “Minha experiência dentro da política agrícola, a gente já trabalhava com crédito indutor, especificamente para a agricultura, um crédito oficial de R$ 156 milhões, de forma que me sinto preparado para olhar para isso”, disse Paludo.
Uma das principais críticas quando à politica de incentivos fiscais em Mato Grosso é que as empresas beneficiadas não comprovam o retorno em geração de emprego e renda à população.
Neste sentido, o futuro secretário defendeu que a relação com os empresários ocorra de forma transparente. “A gente tem que deixar claro quais são as políticas públicas e como vamos dar esse incentivo. E, principalmente, avaliando para a sociedade, o retorno desse incentivo”, pontuou ele.
Paludo salientou ainda que a concessão dos incentivos precisa de regras claras. “Tem que ser igual para todo mundo. Não posso dar para um setor e não dar para outro, dar para uma empresa e deixar a outra de fora. Precisamos criar um ambiente de negócios para deixar confortável às empresas. Vindo elas para Mato Grosso, elas saberão quais as regras do jogo e do investimento aqui”.
Por fim, o secretário comentou que, neste primeiro momento, as equipes estão fazendo uma análise e avaliação das políticas existentes no Estado, para posteriormente fazer propostas de melhorias e saber pontuar quais são os setores mais estratégicos para que o Estado possa se desenvolver.