Política

Senadores de Mato Grosso votaram a favor de reajuste salarial ao STF

Os senadores representantes de Mato Grosso – José Medeiros (PODE), Wellington Fagundes (PR) e Cidinho Santos (PP) – votaram a favor do aumento do salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O texto foi votado na noite desta quarta-feira (7) em regime de urgência após apresentação de pedido do presidente do Senado, José Eunício (MDB). 

Medeiros afirmou ao Circuito Mato Grosso que sua decisão pelo aumento de 16,38% passou pelo acordo dos ministros votaram nos próximos meses a extinção do auxílio moradia, uma verba mensalmente com média de R$ 5 mil. 

“Se não déssemos aumento agora, logo em seguida seria dado. Os ministros estavam há oito anos sem reajuste salarial. Além disso, há o acordo de que se o aumento fosse dado, a auxílio moradia seria extinto. E o aumento salarial é proporcional ao que hoje é pago de auxílio moradia. Então, se não saísse agora, mais tarde irão dar o aumento e manter o auxílio”, pontuou. 

O senador afirmou ainda que considerou a questão política de evitar confronto logo no início do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Medeiros afirma que o Senado voltaria a colocar ao aumento pauta nos primeiros meses de 2019, e o assunto poderia gerar desgaste com o Planalto. 

“Eu pensei a matemática do assunto e também a política. Se isso voltasse ao Senado no início do próximo ano, poderiam relacionar o aumento ao presidente eleito, e como seria inevitável a volta à pauta, decide apoiar o aumento”. 

A reportagem procurou os três senadores para comentar suas decisões. Cidinho dos Santos não atendeu às ligações, e a assessoria de imprensa informou que Wellington Fagundes estavam em outra ligação e retornaria. O que não ocorreu até a publicação desta matéria. 

Com o reajuste, o salário dos ministros do STF passa de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O impacto previsto nos gastos públicos é de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões por ano. O aumento teve voto a favor de 41 senadores, 16 contrários e uma abstenção. A mudança também alcança o salário da procuradora-geral da União, Raquel Dodge, e deve causar efeito dominó em reajustes salários em instâncias jurídicas abaixo.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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