Esportes

Sem Neymar, Brasil enfrenta e Venezuela e tenta evitar vexame

– Não queremos meninos, queremos homens!
O recado de Dunga foi claro. A seleção brasileira é lugar para homens capazes de tomar decisões e arcar com as consequências. Pessoas maduras, preparadas para superar desafios. O técnico falou em "profissionais". A partir deste domingo, não há espaço para molecagens. Neymar está suspenso. A passagem do craque pela Copa América ficará marcada mais por suas meninices, como tirar o spray do gramado, resmungar a cada marcação do árbitro ou distribuir empurrões, do que pelos lances geniais que protagonizou na estreia. Sem ele, o que não falta na Seleção são marmanjos com experiência para garantirem uma vaga nas quartas de final. Tudo depende do duelo contra a Venezuela, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), em Santiago – a TV Globo e o GloboEsporte.com transmitem a partida ao vivo, com pré-jogo do site iniciando às 17h30.

Os desfalques de Dunga desmontaram a base construída. Danilo, Luiz Gustavo, Oscar e Neymar seriam nomes certos. Por outro lado, tornaram a Seleção muito mais experiente. Enquanto Luiz Gustavo tem 27 anos e os outros três apenas 23, a média de idade da equipe que deverá entrar em campo contra a Venezuela é 28,7. São sete jogadores com pelo menos 30 anos: Jefferson e Daniel Alves (32), Robinho (31), Thiago Silva, Miranda, Fernandinho e Elias (30).

Não é somente a data de nascimento. O histórico dos atletas escalados torna quase inaceitável a desculpa da inexperiência. Robinho, provável escolhido para substituir Neymar, tem duas Copas do Mundo no currículo, além de títulos brasileiros, da Copa das Confederações, Copa América, e passagens por clubes como Real Madrid, Milan e Manchester City. Tá bom?!

Daniel Alves também tem duas Copas e inúmeras taças pelo Barcelona. Fez parte de um dos melhores times de futebol de todos os tempos. Thiago Silva foi apelidado de "Monstro" jogando na Itália, maior e mais exigente das escolas defensivas.

A ausência de Neymar torna a seleção brasileira mais fraca, evidentemente. Ele é o capitão, o camisa 10, o artilheiro, bate faltas, pênaltis, escanteios… Mas o recado de Dunga na véspera da partida indica que ele não aceitará omissão dos que forem escalados.

O Brasil tem situação muito encaminhada para se classificar. Se vencer por uma margem de gols igual ou superior à do ganhador do outro jogo da chave (Colômbia x Peru), passará em primeiro e pegará o Paraguai. Se for segundo colocado, o que pode acontecer com uma vitória (dependendo do placar da outra partida) ou um empate, a Bolívia será adversária. Na pior das hipóteses, até mesmo em caso de derrota, a Seleção pode avançar como um dos melhores terceiros colocados e enfrentar a Argentina.

A eliminação seria um vexame. Menos doloroso que o da Copa, certamente, porque nada pode se comparar àquilo. Cabe aos homens de Dunga evitarem que ele aconteça.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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