Após 11 dias, os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) decidiram encerrar o movimento de greve na manhã desta quinta-feira (19). Mesmo sem acordo, a decisão foi tomada durante uma assembleia na estrada de acesso à obra, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, informou o Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial da Cidade de Itaboraí (Sintramon).
O grupo exigia um reajuste salarial de 10% e vale alimentação de R$ 500. Na quarta (18), a categoria rejeitou a proposta de conciliação feita pelo Ministério Público do Trabalho de um reajuste salarial de 7,7%, reposição da inflação nos últimos doze meses, e aumento real, que incidiria também sobre o vale alimentação.
A assembleia dos operários foi transformada em permanente. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial do Município de Itaboraí (Sintramon), Paulo Cesar Quintanilha, disse que "a greve era de todos", ao se referir à adoção da assembleia permanente.
"Precisamos aprender a entrar em uma paralisação e sair dela sem muitas sequelas porque, na vida, quando a gente dá dois passos para frente, tem que saber dar um passo para trás", completou ele.
Fonte: G1