A empresa Ecopav Soluções Urbanas, que fazia os serviços de coleta de lixo da Capital de Mato Grosso, não realizará mais os trabalhos. A empresa deverá executar a coleta até o dia 8 de julho, quando a empresa Locar, Gestão de Resíduos deve assumir a concessão.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), fez o anúncio nesta segunda-feira (12), após não entrar em um acordo com a atual prestadora de serviço. De acordo com o gestor, a empresa exigia um aumento de 20,5% nos recursos.
“Minha equipe se reuniu com a Ecopav e dissemos que não daríamos o realinhamento. Estamos a quatro meses de encerrar o contrato, como eu iria justificar para a sociedade esse aumento no apagar das luzes e com a qualidade caindo? O que eu coloquei para eles foi o reajuste contratual no valor de 4%, que tem que ser dados esse mês”, explica Pinheiro.
Atualmente, a Prefeitura paga à empresa R$ 1,659 milhão por mês, com o aumento exigido ao Executivo, tiraria dos cofres públicos mais R$ 332 mil por mês. O custo final de dez meses – de janeiro a outubro, prazo em que terminar a licitação – chegaria a quase R$ 3 milhões.
A empresa não aceitou o acordo proposto do prefeito Emanuel, e de forma amigável protocolizaram a rescisão do contrato – que se encerra em 8 de julho.
A Prefeitura de Cuiabá, então, chamou a segunda colocada no certame realizado em 2012 – quando a Ecopav venceu a licitação. A empresa Locar, Gestão de Resíduos, informalmente já aceitou a proposta da gestão.
Para ela, valerá o mesmo acordo proposto por Emanuel à Ecopav: o valor acordado no certame mais os 4% de correção, que totaliza um montante de R$1,795 milhão mensais para a coleta de 580 toneladas por dia em Cuiabá.
Exigências
No acordo com a nova empresa, Emanuel fez exigências: a prestadora de serviço deve dar início aos trabalhos no dia 8 de julho, com 30 caminhões coletores, e todos os 300 funcionários que prestam serviços para a Ecopav sejam recontratados pela nova empresa gestora. “Não quero que esses garis sofram com essa turbulência, e percam o emprego, gerando mais um problema social”, ressalta Emanuel.