Cidades

Sem acordo, motoristas de ônibus prometem radicalizar movimento grevista

 
A medida foi tomada já que não houve avanços na negociação entre os empresários e os grevistas. De todas as reinvindicações, as entidades concordaram em apenas um dois pontos, a cessão de protetor solar e mais uma camiseta de uniforme aos trabalhadores. Sem conciliação, ficou marcada uma nova reunião entre os entes para a próxima terça-feira (26) a portas fechada no gabinete da desembargadora
 
“Não chegamos a um acordo e agora os trabalhadores querem partir para o ‘Plano B’ que é radicalizar o movimento de greve”, afirmou o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas Terrestres de Cuiabá e Região (STETT/CR), Ledevino da Conceição. 
 
Apesar do sindicalista, não explicar como será a "radicalização" do movimento, os mais de 300 motoristas que lotaram o auditório do TRT e depois se reuniram na lateral do Tribunal após a audiência em uma assembleia improvisada bradavam "100%", ou seja, a paralisaão total do serviço.
 
De acordo com um motorista que prefere não ser identificado, não havia sequer 20% de coletivos nas ruas nessa tarde, e esses começariam a ser recolhidos naquele momento. Já na sexta-feira (22), 100% da frota deve permanecer nas garagens.  
 
Ação que contraria a liminar da Justiça, revisada pela desembargadora Maria Beatriz que determinou a circulação de 70% da frota nas ruas em horário de pico (05h as 09h; 11h as 14h; 17h as 20h) e 50% nos demais horários. 
 
Já o representante do STU, o advogado Pedro Veron disse que a entidade ingressará amanhã com um dissídio coletivo no TRT. Assim a decisão sobre a conseção ou não de reajuste salarial e benefícios pode ficar por conta da lei.  
 
Reivindicações 
 
Inicialmente a categoria reivindicava um reajuste salarial de 7,15%, que elevaria o salário dos profissionais, dos atuais R$ 1,6 mil para R$ 1,8 mil. Além disso, os trabalhadores pediam aumento no valor da gratificação por exercerem as atividades de cobrador – de R$ 220 para R$ 250 – e ticket alimentação no valor de R$ 400, mais um uniforme e o protetor solar.
 
Durante a audiência realizada hoje, a STU ofereceu 5,8% de reajuste apenas aos motoristas, sem atender o pedido de reajuste para os demais funcionários das empresas em 7,15%.
 
Os grevistas chegaram a solicitar que o valor do ticket alimentação fosse de R$ 200, abriram mão dos demais benefícios reivindicados inicialmente, mas ainda assim não houve um acordo entre as partes. 
 
A greve dos profissionais gerou inclusive, protestos na Capital, como o ocorrido na noite da última quarta (20), quando oito ônibus foram depredados por manifestantes. O manifesto ocorreu no centro de Cuiabá. 
 
Uma nova assembleia dos motoristas deve acontecer na noite dessa quinta-feira (22) para determinar mais ações para o período de greve.

Redação

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