A senadora Selma Arruda (PSL-MT) vai integrar a CPI das Barragens, que vai apurar as causas e responsabilidades da tragédia em Brumadinho (MG) que já resultou na morte de 180 pessoas. Ela vai ocupar a cadeira de titular na comissão por indicação do bloco do PSL, PSDB e Podemos.
“Não posso me calar diante disso, não podemos permitir que essa tragédia fique impune. No meu modo de ver, a partir do que for apurado com a CPI, teremos condições de apresentar um projeto ambiental mais rigoroso e efetivo, que preserve a vida humana, sem interferir no desenvolvimento do país”, disse.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pode virar uma comissão mista (CPMI), com a integração de deputados. A mudança é cogitada como alternativa para otimizar os trabalhos de investigação que também estão articulados na Câmara Federal. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM),é o principal defensor da CPMI.
“Se a gente pudesse conciliar e construir uma comissão, para que seja uma CPMI, de deputados e senadores, para que possamos dar uma resposta, seria o ideal, pois o que as pessoas querem dessa comissão parlamentar é a resposta, já que muitas pessoas morreram vítimas de uma tragédia por descaso de uma empresa”, justificou Alcolumbre.
Pela indefinição se será individual ou mista, ainda não se sabe o rito a ser adotado para a escolha do presidente e do relator. Se for individual, depois da leitura do requerimento em plenário, a Secretaria-Geral da Mesa deve confirmar que o pedido tem as 27 assinaturas exigidas pelo regimento interno. Só depois disso os líderes dos partidos indicam os senadores para compor a comissão e definir, presidente, relator e membros.
Nesse sentido, quase todos os líderes das bancadas partidárias no Senado, já indicaram seus membros para compor a comissão.
Além de Selma Arruda, escolhida pelo PSL, ainda foram definidos os nomes do senador tucano Antonio Anastasia, também como titular e da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), como suplente.