A senadora eleita Selma Arruda (PSL) disse não ter sofrido “nenhum tipo ação de extorsão ou assédio” por membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A declaração foi dada em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (14) após polêmica de supostas tentativas de extorsão veiculada pela imprensa.
“Eu quero esclarecer que jamais falei que as chantagens que fui vítima partiram de membros do TRE. Antes de falar sobre os assédios que sofri, eu elogiei o TRE e disse que confio no trabalho daquele tribunal. Sei que as investigações realizadas nas AIJEs (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) em trâmite no TRE são demoradas e a instrução realizada vai demonstrar toda a lisura do processo”, afirmou.
Hoje pela manhã, a imprensa publicou a informação sobre três tentativas de extorsão à juíza aposentada por integrantes da Justiça Eleitoral. A notícia foi baseada em live transmitida nesta quinta-feira (13) pelo Facebook dela.
No vídeo, ela diz ter sofrido três vezes assédio de extorsão por causa da investigação em andamento contra ela por suposto caixa 2 no TRE-MT. A transmissão foi feita após um hiato da presença da senadora eleita nas redes sociais. Ausência que ela justificou pelas informações divulgadas sobre a investigação.
“Eu já fui três vezes extorquida por causa desta bagunça. Na primeira vez, me pediram R$ 360 mil. Na segunda, R$ 600 mil, e na terceira, me pediram cargos para me absolver neste processo no TRE. Eu não cedo a chantagem, eu não cedo a extorsão e vou continuar lutando. Se a gente ceder uma vez, a corrupção se entranha em você e nunca mais sai de você”, afirmou a juíza aposentada.
Selma também negou ter praticado caixa 2 e abuso do poder econômico. Na nota de esclarecimento, ela afirma que provas serão apresentadas nos autos da investigação conduzida pela Polícia Federal, a pedido do desembargador Márcio Vidal, presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
