A senadora Selma Arruda (PSL-MT) disse, nesta segunda-feira (11), que uma eventual nova eleição para o cargo no Senado não colocaria “melhores candidatos que eu” para representar Mato Grosso. Ela afirma que os políticos que já teriam anunciado o interesse na disputa também enfrentam pendências jurídicas e não teriam condições mais favoráveis para apelo junto ao eleitor.
“Espero também que eles se conscientizem que, embora estejam torcendo para que eu seja cassada injustamente, eles respondem a processos na Justiça, eles têm contas a prestar na Justiça, portanto, eles não seriam melhores candidatos do que eu”.
A situação de senadora tem se complicado desde a eleição em outubro com uma série de contestações judiciais às suas candidatura e eleição por causa de investigação sobre suposto caixa 2 de campanha. Os pareceres de reprovação às contas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) abriu a especulação de nova eleição para substituí-la.
Seu adversário no pleito passado, Carlos Fávaro (PSD), e o ex-governador Pedro Taques (PSL) já mostraram interesse em disputar a eventual vaga. Hoje, Selma Arruda classificou de “sórdida” a especulação e disse que, mesmo que seu mandato seja cassado, haverá instâncias para recorrer da decisão.
“Essas pessoas que estão especulando sobre isso, elas esqueceram que existem graus de recursos, portanto, se estão querendo tomar meu lugar, continuem querendo por um bom tempo, porque caso isso [impugnação] aconteça, eu vou recorrer”.
Mudanças internas
Mas, a situação jurídica da senadora não tem agradado membros da direção nacional do PSL. Ela tem sido vista em viés que aparece o ex-ministro Gustavo Bebianno, que deixou o governo após a crise gerada com a denúncia de casos de candidatos laranjas.
A acusação contra a Selma Arruda tem sido considerada contornável, porém, tem servido de exemplo erros que partido quer corrigir na reformulação da sigla, passando por mudanças em seu estatuto.
A direção nacional do PSL avalia que houve falhas na condução de suas atividades nos últimos meses e quer uma reformulação para limpar as manchas, que estão comprometendo a ideia de combate a corrupção que promoveu Jair Bolsonaro à Presidência República.