Se não parece notícia fora do comum em se tratando da "marca Brasil", o fato é que os coreanos têm sofrido para atrair público mesmo para os jogos de sua seleção. A última vez em que o World Cup Stadium lotou foi em 2007, numa partida contra a Holanda.
O sucesso no Mundial de 2002, quando ficou em quarto lugar não se converteu num legado muito forte de popularidade para o futebol na Coreia. A mais recente temporada da K-League teve média de apenas 7.326 espectadores, uma queda de 35% em relação a 2011.
As vendas para o amistoso de sábado foram um sucesso apesar de a vinda da seleção ter provocado inflação no preço dos ingressos. Nos últimos 11 anos, um teto de 75 mil wons (cerca de US$ 70) vinha sendo cobrado para as partidas coreanas. Para o jogo do Brasil, o pé direito ficou mais alto (US$ 180).
Segundo a Federação Sul-Coreana, o aumento foi necessário para repassar o que os dirigentes afirmam ser um cachê recorde pago a uma equipe visitante. A imprensa do país especula que o valor teria ultrapassado com folga a cota 'premium' de US$ 1 milhão paga a adversários.
"Tivemos que pagar caro para ter o Brasil, mas isso também significa que nossos torcedores poderão ver estrelas como Neymar em ação", afirmou um porta-voz da federação, Cho-Jun-Heon.
Os tempos são bem diferentes de quando Pelé veio a Seul para um excursão com o Santos, em 1971: o ingresso mais caro então custou menos de US$ 1.
Uol