Foram presos na manhã desta terça-feira (23) seis servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e um despachante em uma ação que investiga fraudes e corrupção praticados na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Várzea Grande. A operação cumpriu sete mandados de prisão temporária e foi denominada ‘Falsários’.
Quatro dos funcionários são originários da Ciretran de Várzea Grande e dois foram presos no interior do estado, sendo um o chefe da Ciretran de Rosário Oeste (128 km ao Norte) e outro, servidor da agência de Nova Mutum (264 km ao Norte). O despachante foi preso no bairro Terra Nova, em Várzea Grande, sendo a cidade seu polo de atuação.
A operação é realizada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), da Polícia Judiciária Civil, com a Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados (Cfisc) e a Corregedoria do Detran-MT
O delegado adjunto da Derrfva, Marcelo Martins Torhacs, que coordena a operação, informou que os presos são suspeitos de uma série de fraudes na inserção de dados no Sistema Informatizado (Detrannet) do Detran-MT, em troca de vantagens. “Para cada documento recebiam entre R$ 150 a 200 reais. Montante significativo uma vez que a prática é antiga, coisa habitual”, disse.
A investigação identificou irregularidades em diversos processos para emissão e regularização de documentos de veículos, que vão desde a montagem de processos faltando documentos ou com documentos errados, falta de vistoria ou sua realização via aplicativo WhatsApp, entrega de lacres para pessoas não autorizadas, auditorias fraudulentas, entre outras.
Os presos: Gilmar Rodrigues Garcia (despachante), Talles Fonseca de Carvalho, Luis Virino Battisti, Idileno Osório da Silva, Jean Divino Borges Valadares, Gilsomar de Almeida, e Rosangela Fonseca da Silva, vão responder por crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos no Sistema Informatizado do Detran, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa.
Os servidores responderão na Corregedoria do Detran processo administrativo disciplinar, que poderá resultar na demissão.
Os suspeitos presos em Cuiabá e Várzea Grande estão sede da Delegacia, para tomadas de providências.
Os mandados de prisão foram decretados pela 2ª Vara da Comarca de Várzea Grande.