Veículos destruídos pela explosão de uma bomba são vistos no Cairo, Egito, na quinta (21) (Foto: AFP Photo/Mohamed El-Shahed)
Seis pessoas, entre elas três policiais, morreram nesta quinta-feira (21) na explosão de uma bomba no Cairo durante uma incursão em um apartamento suspeito de ser um esconderijo de militantes, informou o ministério do Interior.
O gabinete explicou em sua página no Facebook que a explosão ocorreu no momento em que a polícia tentava desativar uma bomba encontrada em um apartamento em um bairro próximo das Pirâmides.
Segundo a fonte, a polícia tinha informações "segundo as quais membros da Irmandade Muçulmana se preparavam para realizar atos hostis nos próximos dias com o uso de explosivos e bombas artesanais".
"Este grupo utilizava o apartamento visado na noite desta quinta-feira pela operação da polícia que encontrou várias bombas artesanais. Enquanto o grupo de especialistas em explosivos tentava desmontar uma bomba, ela explodiu, matando três policiais, um civil e dois homens não identificados", acrescentou.
Um primeiro balanço da polícia tinha registrado a morte de dois policiais.
O incidente ocorreu quatro dias antes do quinto aniversário da revolta de 2011 que derrubou Hosni Mubarak.
A Irmandade Muçulmana, do qual fazia parte do presidente islamita Mohammed Mursi, destituído em julho de 2013, foi proclamada "organização terrorista".
Vários hotéis localizam-se no bairro Al-Haram e recebem turistas que vão visitar as pirâmides de Gizé, próximas dali.
Este bairro foi o cenário de vários ataques e trocas de tiro desde a destituição de Mursi pelo então comandante do exército, Abdel Fattah al-Sissi, em seguida eleito presidente da República.
Vários simpatizantes de Mursi viviam ali e combates tiveram lugar regularmente entre eles e as forças de segurança desde julho de 2013, a partir de uma repressão sem trégua contra os islamitas.
Em represália a esta repressão, os insurgentes jihadistas realizaram atentados que deixaram centenas de mortos entre membros das forças de ordem. Estes grupos não tinham vínculos conhecidos com a Irmandade Muçulmana, à qual as autoridades atribuíam os atos de violência.
Fonte: G1