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Segundo o Corpo de Bombeiros, a unidade do Atacadão em Rondonópolis (212 km de Cuiabá-MT), que foi destruída pelo fogo no final da tarde desta sexta-feira (12), estava funcionando sem alvará. O último teria sido emitido em 2014. A informação foi confirmada pelo tenente coronel BM, Wanderley Bonoto, que comandou a operação de combate a incêndio no mercado.
Para controlar o fogo, que iniciou após reparos realizados no depósito onde estava sendo utilizada solda elétrica, foram utilizados cerca de 50 militares do Corpo de Bombeiros, inclusive os que se encontravam de folga. De acordo com o tenente coronel, o combate ao fogo foi difícil, pois o mercado estava lotado no momento em que o incêndio teve início.
“A primeira equipe dos bombeiros que chegou ao local começou a fazer um trabalho para esvaziar o estabelecimento. Foi realizado um corredor com água, para que as últimas pessoas que estavam no mercado pudessem sair”, disse Wanderley Bonoto.
Além dos bombeiros, quatro unidades de pronto-atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local e socorreram 12 pessoas que tiveram problemas de intoxicação com a imensa fumaça que fez no local. As vítimas de intoxicação se encontram internadas nos hospitais da cidade de Rondonópolis.
O incêndio foi controlado por volta das 20h para que não se alastrasse para prédios vizinhos e também onde havia combustível o fogo foi apagado. Quanto as informações que pudessem ter pessoas mortas ou feridas em câmaras frias, foi descartada pelo Corpo de Bombeiros, após realizarem buscas no local.
Em continuação aos trabalhos, na manhã deste sábado (13) os bombeiros estão realizando o trabalho de rescaldo (fase do serviço de combate a incêndio em que se localizam focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos), onde pode haver risco de desabamento de paredes.
Ainda de acordo com tenente coronel Bonoto, a confirmação que não há mortos dentro da unidade só poderá ser feita, após a conclusão do rescaldo, mas ele afirma que a possibilidade de encontrar alguém dentro do mercado, seja baixa.
“Pela experiência que temos, caso alguém tivesse morto ou desaparecido, algum parente já teria chegado e procurado informações, porém, pelo mercado ser grande e atender clientes de outras regiões, pode ser que se tiver alguém o parente não tenha vindo por causa disso, mas a certeza que não há mortos e feridos lá dentro sairá só após o rescaldo”, finalizou o comandante.
O Corpo de Bombeiros faz um alerta para que em situações de fogo ou perigo, as pessoas deixem o local o mais rápido possível, ao invés de ficarem filmando ou tirando foto da situação, pois a pessoa pode acabar se tornando mais uma vítima da tragédia.
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