A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), realizou nesta sexta-feira (07), a segunda incineração do ano que resultou na queima de cerca de três toneladas de drogas referentes a apreensões realizadas pelas forças de segurança nos anos de 2020 e 2021 e que geraram dezenas de inquéritos policiais na especializada.
O montante de entorpecente incinerado conta com porções de maconha, pasta base, cocaína, além de apetrechos como balança de precisão, utensílios característicos da atividade do tráfico, entre outros produtos como ácido bórico, éter utilizados para o preparo da droga e que também foram incinerados.
A grande quantidade de drogas é fruto de apreensões realizadas pelas Forças de Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal) em todo estado e, principalmente, na região metropolitana.
A delegada titular da DRE, Juliana Chiquito Palhares, explica que as apreensões de drogas realizadas em 2021 já superam o montante de cinco toneladas, porém a droga destruída refere-se a um remanescente de 2020 e também a algumas apreensões deste ano que já tiveram autorização da Justiça para serem incineradas.
Essa segunda incineração demonstra que a cada ano as Forças de Segurança vêm apreendendo mais entorpecentes, representando também um grande prejuízo para o tráfico de drogas, atividade cruel que tira vidas, dissemina famílias e que apenas os grandes traficantes saem lucrando com a venda do entorpecente”, disse Juliana.
A delegada também frisou a necessidade do desenvolvimento de cada vez mais, políticas públicas de prevenção e também de repressão ao tráfico de drogas. “É muito importante o olhar diferenciado para o enfrentamento do tráfico, inclusive no aparelhamento das equipes que estão diretamente lidando diretamente no combate ao comércio de entorpecentes”, destacou a delegada.
Processo de incineração
A incineração de entorpecente é o ato final de todo processo do enfrentamento ao tráfico de drogas, que é concluído com a destruição das substâncias ilícitas apreendidas. Esta é a segunda queima realizada pela DRE em 2021, tendo a primeira ocorrida no mês de março, totalizando mais de cinco toneladas de entorpecentes neste ano.
Os trabalhos iniciaram às seis horas da manhã para atender todas as formalidades exigidas para a regular queima da droga. O processo se inicia quando depois de apreendida a droga é encaminhada para a perícia e retorna à DRE somente depois de devidamente periciada e lacrada pelo laboratório forense.
A partir de então a gestão do entorpecente é feita pela especializada, sendo necessária autorização judicial para realização da queima. Com a autorização decretada pela Justiça, o perito da Politec faz a conferência de cada lacre que será incinerado individualmente.
Em seguida é feita uma embalagem maior com diversos lacres dentro, que também é lacrada e novamente conferida antes do carregamento no caminhão e também antes de ser jogado na caldeira.