Política

Seduc suspende a renovação de contrato de 10 mil temporários

A Seduc (Secretaria de Estado de Educação) não irá adiar a renovação de contrato de cerca de 10 mil professores da rede estadual com vinculo temporário. A medida decorre da prorrogação do decreto que suspende as aulas em sala até o dia 30 deste mês.  

Segundo a Seduc, a vacância de atividades escolares exigiria a suspensão dos contratos por falta de objeto para a prestação de serviço. A renovação seria firmada logo após o fim do período de isolamento social. 

 A secretária Marioneide Kliemaschewsk  ressaltou que em 2020 as escolas estaduais estão distribuídas em dois grupos com calendários diferentes. O primeiro teve início no 10 de fevereiro e o segundo iniciaria no dia 23 de março, data em que o decreto de isolamento começou a valer o Estado. 

 A execução do segundo calendário foi adiada por 15 dias como antecipação de recesso escolar programado para junho por causa do decreto. Mas, com a prorrogação do decreto para fim do mês, estoura o limite de carência. 

“Com relação a contratação de temporários, os contratados no primeiro calendário continuam vigentes, os do segundo calendário só serão contratados quando tivermos fato gerador para contrato”, disse a secretária. 

O decreto que estendeu o prazo para a volta às aulas nas escolas foi baixado no início desta semana pelo governador Mauro Mendes. Ele diz que a medida segue orientação do Ministério da Saúde para evitar a transmissão do novo coronavírus. 

O uso de dois calendários para o ano letivo 2020 decorre da grave de parte das escolas estaduais, por 75 dias, em meados no ano passado. A reposição de aulas, para cumprir a regra 200 horas letivas ao ano, empurrou o encerramento das aulas de 2019 para 2020. 

Reação 

A suspensão dos contratos gerou polêmica na sessão dessa quarta-feira (1º) na Assembleia Legislativa. O presidente Eduardo Botelho (DEM) criticou a decisão tomada pela Seduc e cobrou revisão do governo da medida.  

“Não é justo, não concordo. O governo deve rever isso. Eu vou levar essa reivindicação para o governador Mauro Mendes”, disse o parlamentar depois que a decisão da secretaria foi levantada por vários deputados que participavam da sessão. 

Segundo ele, é "contrassenso” dispensar servidores “neste momento em que funcionários das empresas estão todos em casa e ninguém falou nada de não pagar salários”.  

O deputado Lúdio Cabral (PT) diz que os professores interinos das escolas com o segundo calendário atribuíram suas aulas na semana anterior e “havia o compromisso da Seduc de assinar os contratos e colocar esses profissionais na folha de pagamento”.  

“Mas, de forma surpreendente, a Seduc não assinou esses contratos e disse mais: que esses profissionais só terão seus contratos assinados depois que a pandemia acabar. Quer dizer, mais da metade dos interinos, seis mil trabalhadores que estão desde o mês de janeiro sem contrato, aguardando, foram pegos de surpresa com essa medida”. 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões