Em entrevista na manhã desta quarta-feira (11), o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, descartou a hipótese do Governo de Mato Grosso suspender as aulas presenciais depois da confirmação de casos de Covid–19 nas unidades de ensino. O gestor disse que a educação é considerada atividade essencial e garantiu que a pasta vai reforçar as medidas de biossegurança para evitar novas contaminações.
“Se a gente tiver que discutir algum segmento para paralisar, não será a Educação, não é escola, nem a sala de aula. A Educação é prioridade, conforme a lei aprovada na Assembleia Legislativa”, afirmou Alan Porto.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), foram registrados casos de coronavírus entre estudantes e professores de 11 escolas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Colniza e Juscimeira desde que as atividades foram retomadas, em 3 de agosto.
“Estamos orientando e fortalecendo o nosso projeto de saúde e segurança. Nossas equipes têm percorrido os 15 polos de Mato Grosso, reforçando o cumprimento dos protocolos e como proceder no plano de contingência”, frisou o secretário.
Ainda de acordo com o gestor, a volta às aulas foi decidida pelo governador Mauro Mendes (DEM) com base na retomada das atividades escolares da rede municipal em 27 cidades do Estado.
Porto também negou que a adoção do sistema híbrido possa provocar uma terceira onda de contaminações e destacou ainda que não há como apontar se os infectados contraíram o vírus nas unidades de ensino.
"Como tem 27 municípios que voltaram, a gente buscou as evidências e pouquíssimos municípios tiveram casos de Covid. Pode ser que os professores não tenham sido contaminados no ambiente escolar, mas sim em um fim de semana no shopping, em um evento. Falar que foi contaminado por conta do retorno às aulas é irresponsabilidade”.