O governador Pedro Taques exonerou o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas. A decisão foi publicada em Diário Oficial do Estado que circulou na sexta (29). Jarbas está preso preventivamente desde a semana passada por determinação do desembargador Orlando Perri, que investiga casos de grampos telefônicos.
Gustavo Garcia, adjunto de Segurança Pública e que ocupava o cargo titular interinamente desde o afastamento de Rogers Jarbas, desde o dia 21 de setembro, assume definitivamente a pasta. O documento diz que o governador Pedro Taques assinou a exoneração a pedido de Rogers Jarbas.
Jarbas foi afastado do cargo e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica em decisão do desembargador Orlando Perri no dia 20 de setembro. Perri atendeu pedido da delegada Ana Cristina Feldner, que preside pelo inquérito que apura o esquema dos grampos clandestidos praticados em Mato Grosso.
De acordo com a decisão do desembargador, o secretário teria praticado vários crimes, como abuso de autoridade, usurpação de função pública, prevaricação, embaraço de investigação e também formação de organização criminosa e denunciação caluniosa.
No dia 27, Rogers Jarbas e Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil e também investigado por participação no esquema de grampos, foram presos por determinação do desembargador Perri. Eles cumprem prisão preventiva no CCC (Centro de Custódia de Cuiabá).
Os coronéis Airton Siqueira (secretário de Justiça e Direitos Humanos) e Evandro Lesco (ex-secretário da Casa Militar) e o sargento João Ricardo Soler e major Michel Ferronato também tiveram mandados de restrição emitidos e cumprem medida em prisão militar. O empresário José Marilson da Silva também cumpre prisão preventiva na CCC.
Todos foram alvos de mandados de prisão solicitados pela delegada Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), responsável pelo inquérito que investiga o esquema de escutas ilegais operado supostamente pela Polícia Militar em Mato Grosso.
