Paulo Rós, secretário-adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador, foi identificado como o principal alvo da Operação Oráculo, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) em 2022. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) confirmou que foi notificado sobre o afastamento de Rós e informou que irá cumprir a determinação.
Além de Rós, outros dois servidores também foram alvos da operação. Segundo o prefeito, esses servidores já não fazem mais parte da sua gestão. A investigação apontou irregularidades em dois processos de pagamento feitos pela ECSP, totalizando R$ 663.568,00, que teriam simulado a contratação de uma empresa de consultoria de tecnologia de informação.
A operação revelou que os pagamentos foram feitos sem licitação e com indícios de que a empresa contratada não prestou os serviços devidos. A prefeitura, em nota, afirmou que os pagamentos foram realizados após comprovação dos serviços, mas que ainda não teve acesso ao processo judicial para apresentar sua defesa completa.
Diligências realizadas pela Polícia Civil indicaram que os documentos relacionados aos pagamentos tinham diversas falhas, como ausência de assinaturas e orçamentos com prazos que não foram cumpridos. Além disso, o endereço da empresa investigada estava registrado em uma residência, sem qualquer sinal de operação comercial no local.