Em uma coletiva dada nesta quarta-feira (14) sobre o tiroteio que aconteceu na tarde desta terça-feira (13) na Unidade de Pronto Atendimento da Morada do Ouro, resultando em cinco pessoas feridas, o Prefeito Emanuel Pinheiro afirma estar sensibilizado com o caso, mas “que a segurança pública é uma responsabilidade do Estado”. O Secretário Municipal da Ordem Pública, o coronel Leovaldo Sales, acredita que o incidente aconteceu por uma quebra de procedimento.
O Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (POP) padroniza diversos procedimentos operacionais penitenciários, incluindo casos como este, quando há o deslocamento do detento para o atendimento médico.
O secretário disse que o deslocamento do detento deve ser feito com o acompanhamento de uma escolta e que a mesma deve fazer um reconhecimento do local de atendimento, verificando se há condições de segurança para poder receber o preso. “Isso não foi feito”, afirmou se referindo ao caso.
O Prefeito e a Secretária de Saúde Elizeth Araújo, também presente na coletiva, contam que os funcionários da UPA não viram necessidade para o deslocamento do detento até o local devido à baixa gravidade de seu quadro médico.
Pinheiro assegurou que a prioridade no momento é salvar a vida do bebê de apenas seis meses, que foi baleado durante o tiroteio, e de Dayane da Silva Romão, 33, atingida no tórax. Segundo a secretária, os médicos estão esperando estabilidade no quadro do bebê para poder retirar o projétil que está alojado nas costas. O quadro de Dayane da Silva Romão é mais grave, nesta madrugada teve que realizar uma cirurgia de emergência, mas há indícios de melhora.
De acordo com Elizeth Araújo, serão disponibilizados psicólogos aos funcionários presentes no incidente. “A própria equipe está abalada. Nós estamos destacando psicólogos para estarem fazendo ações na UPA, para o retorno de rotina”, revela.
Tiroteio na Morada do Ouro
O detento José Edmilson Bezerra Filho foi direcionado ontem à UPA da Morada do Ouro após sentir dores nas costas. Entretanto, quando José Edmilson foi encaminhado para classificação de risco do detento, uma enfermeira foi rendida e aconteceu uma troca de tiros entre os agentes penitenciários e criminosos, que se acredita serem comparsas do detento em uma tentativa de resgate, cinco pessoas foram feridas. Não é a primeira vez que o detento sente dores, apresentando sintomas similares no dia 17 de janeiro.
