Foto: Lucas Ninno/GCOM
O Governo de Mato Grosso anunciou na manhã desta segunda-feira (09) o fim definitivo da Secretária Extraordinária da Copa (SECOPA). As obras “tocadas” pela pasta, criada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), passam a ser responsabilidade da Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT).
A sede da Secopa, o prédio Moitará, de propriedade da Prefeitura de Cuiabá e que estava cedido ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empesas (SEBRAE), deve ficar emprestado ao governo até o final de março, com possibilidade de um acordo que passe definitivamente a propriedade ao Estado.
Além disso, desde que assumiu o comando do governo, Pedro Taques (PDT), através da Secid, realizou a adequação do quadro de pessoal da antiga secretaria. Colocando em prática a manutenção de equipe sistêmica para encerramento do exercício 2014 e o planejamento das atividades de 2015.
Como resultado, o governo alcançou a economia de R$ 500 mil com o corte de 70 servidores da Secopa.
Titular da Secid-MT, Eduardo Chiletto, confirmou que novos cronogramas (físico e financeiro) serão realizados para cada um dos empreendimentos. Nesta semana, reuniões já começarão a ser agendadas para que estes pactos sejam firmados.
Das obras que serão priorizadas, o secretário destacou aquelas que contam com convênios federais. De acordo com Chiletto, estas construções precisam ser concluídas dentro do prazo, para que o Estado evite de ser penalizado e, consequentemente, não receba mais verbas nacionais. Dentre as estruturas que se encontram nesta situação estão: o Complexo Viário do Tijucal, as Trincheiras Trabalhadores-Jurumirim, Verdão-Santa Isabel, e ainda o viaduto Dom Orlando Chaves, em Várzea Grande.
Na sequência, serão finalizadas as obras que possuem Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), como por exemplo, a Trincheira do Santa Rosa, que também é uma obra que conta com convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Localizada entre os bairros Goiabeiras e Santa Rosa, a estrutura conta com 520 metros de extensão e é responsável por atender o fluxo de veículos que transita pela região da avenida Miguel Sutil.
“Por fim serão conclusas as obras que contam com pequenas intervenções para serem finalmente entregues. Atualmente, o Estado conta com 32 contratos, que são referentes às demandas estruturais referentes à Copa do Mundo, sendo que deste total, 20 ainda estão em execução, 9 estão concluídas e aguardam recebimento, e somente três foram oficialmente recebidas”.
Em relação a valores, Chiletto afirma que para a conclusão das obras em Cuiabá e Várzea Grande a previsão orçamentária é de R$ 155.600.000. Porém ele destaca que este valor não compreende a conclusão do VLT. “Estamos nos aprofundando para dar o respaldo necessário a sociedade. Queremos entregar estas obras com qualidade. Assim como nós, a população também está cansada de receber obras sem qualidade”.
Obra a obra
Conforme relatório situacional sobre as obras da Copa do Mundo de 2014, diversos serviços ainda necessitam ser executados. Exemplo disso é a duplicação da Estrada da Guarita. Dentre as demandas estão parte da pavimentação, construção de calçadas e muro de arrimo, como também obras de paisagismo. A obra tem valor total de R$ 33.945.658,17 e é de responsabilidade da empresa Agrimat.
Em relação a restauração da avenida 8 de Abril, o levantamento aponta que para a obra prosseguir é preciso que sejam realizadas desapropriações e remoção de postes, por exemplo. A construção, que conta com valor total de R$ 25.744.766,74, tem como empresa responsável, a Engeglobal. Até o momento, 64,9% da obra foi executada.
No que se diz respeito às obras que possuem recursos federais, o viaduto Dom Orlando Chaves é a que caminha com maior atraso. Até o momento, somente 67% da obra foi executada. Além da construção do elevado, o contrato prevê a adequação de rotatória e recuperação de pistas. Para que a construção seja finalizada são necessárias desapropriações, retirada de postes e das redes de telefonia. (com assessoria)