Foto Ahmad Jarrah
A secretária de educação de Várzea Grande, Zilda Leite, admitiu que o salário dos professores está defasado no município e ofereceu 13,66% de reajuste dividido em quatro parcelas. A declaração foi feita na última sexta-feira (17) na cerimônia de assinatura da reforma de oito escolas na cidade industrial, pelo governador Pedro Taques (PDT) e prefeita Lucimar Sacre Campos (DEM).
A proposta de aumento veio antes da categoria anunciar greve a partir do dia 3 de agosto, quando as aulas voltam do período de férias escolares. O Sindicato dos Professores de Várzea Grande (Sintep-VG) não concordaram com o aumento apenas dos professores, eles reivindicam aumento igual a todos os trabalhadores da educação (incluindo merendeiras, serviços gerais e pessoal administrativo).
Contudo a secretária disse a prefeitura não tem condições de aumentar o salário dos demais profissionais. “Nós respeitamos a decisão dos funcionários da educação. O salário realmente é defasado, mas a secretaria de educação fez um exercício e chegamos a conclusão de que nós da prefeitura deveríamos pagar o valor do piso nacional dos professores. Os demais servidores administrativos acompanham os outros de sua categoria do paço municipal. A saúde tem seus funcionários administrativos, a educação, a secretaria de serviços públicos. Então quando acertamos a questão do professor nós vamos para o debate de novos ajustes dentro da nossa limitação” pontuou Zilda.
Os professores rejeitaram a proposta da prefeitura no último dia 16 de julho e anunciaram o início das paralizações com um ato na porta da prefeitura no dia 3 de agosto. Conforme nota do sindicato a proposta foi negada, pois apresenta índices de reajustes diferenciados para a revisão entre professores e demais funcionários e desrespeitar o Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS) da Educação.
O presidente do Sintep-VG, Gilmar Soares Ferreira, disse que a proposta é uma afronta a categoria ao ‘aprofundar’ ainda mais as diferenças salariais entre professores e funcionários. . “É inacreditável que a atual administração apresente para a categoria que já sofre com muitas perdas em seu salário, uma proposta com aumento da diferença de piso e parcelamento sem falar do retroativo”.