O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, garantiu nesta quarta-feira, 11, que “definitivamente pode-se dizer” que os níveis das tarifas aplicadas à China não vão mudar a partir de agora, após o acordo preliminar firmado na terça-feira durante negociações em Londres.
Em entrevista à CNBC, Lutnick explicou que as conversas foram “respeitosas”, embora alguns detalhes ainda precisem ser definidos.
O texto final será decidido pelos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, de acordo com o secretário. “Estamos no caminho certo”, assegurou.
Lutnick acrescentou que os chineses concordaram em aprovar mais rapidamente todos os pedidos de empresas americanas para compra de imãs.
Por outro lado, os melhores chips dos EUA não serão exportados para o país asiático, ainda conforme o secretário.
‘Muito mais’ acordos comerciais
O secretário de Comércio norte-americano afirmou ainda que os Estados Unidos negociam “muito mais” acordos comerciais com outros países, após o entendimento preliminar firmado com a China.
Lutnick explicou que Washington estava focado em acertar um pacto com Pequim nos últimos dias, mas que agora se engajará mais ativamente nas conversas com demais nações. A partir da semana que vem, “acordo atrás de acordo” será anunciado, garantiu ele.
Europa
O secretário ponderou que a Europa deve ficar para o final da fila, por ser “o mais difícil” para se lidar. “São 27 países e eles têm um líder não eleito”, afirmou, em referência à União Europeia, cuja Comissão Europeia tem uma líder, Ursula Von der Leyen.
Lutnick acusou a UE de impor regras injustas aos EUA. “Não vendemos carros para a Europa”, destacou.
O secretário acrescentou que, após o acordo da terça, os EUA vão examinar maneiras pelas quais os chineses podem fazer mais negócios com os norte-americanos.