O contrato da Gendoc com a Secopa traz alguns números astronômicos, a exemplo de 200 mil serviços de “indexação manual de documentos digitalizados’ e 500 mil serviços especializados em ‘processar mineração de dados”.
De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Governo do Estado (Fiplan), a Gendoc faturou R$ 60.353.671,21 do Estado em 2013. Para 2014 já há vários valores empenhados em nome empresa, um deles feito pela Secopa no valor de R$ 6,9 milhões.
Quanto à Ata de Registro de Preços nº 002/2012, estampa uma despesa astronômica do governo de Mato Grosso com digitalização, arquivamento e acondicionamento de documentos e que soma R$ 50 milhões.
Num único item, o Estado paga R$ 700 mil para certificar assinaturas digitais para documentos e publicações no Diário Oficial da Imprensa Oficial do Estado de Mato Grosso (Iomat).
Para a confecção do acervo documental da secretaria foram destinados R$ 10.459.000,00 e para a elaboração de código de classificação e Tabela de Temporalidade Documental (TTD) o gasto chegou a R$ 9.594.800,00, mas para qualificar servidores na área com treinamento em gestão arquivistas foram gastos parcos R$ 40.800,00.
Fora os serviços de consultoria, a maioria dos itens da Ata de Preços é trabalho básico como digitalização e indexação de documentos, ações que o Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (Cepromat) deveria ter condições técnicas de realizar. Porém é terceirizado, a exemplo da maioria dos serviços antes de reponsabilidade da autarquia.

O procurador expõe que a administração do fundo simplesmente concordou com o aumento sem se preocupar em expressar a composição dos custos que elevaram os preços, citando que o gestor deve “demonstrar, com nível de precisão, a composição dos custos, notadamente nos contratos de considerável vulto”.
No relatório também consta que a Gendoc “disponibilizou à SAD empregados que realizam atividades nas dependências da secretaria de maneira contínua, recebendo ordem diretamente de servidores, caracterizando cessão de mão de obra”.
Tais procedimentos levaram o MPE a aplicar multas e determinações legais aos gestores do Fundesp, ao julgar as contas do exercício de 2012 sob o comando de César Zílio, ex-secretário de Estado de Administração e atual diretor-presidente do MT Par.
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