O córrego que tem aproximadamente 9, 2 quilômetros de extensão nasce na região do CPA e passa por uma extensa área urbanizada e desemboca no rio Cuiabá. No entanto, mesmo cortando grande parte da cidade e passando por 29 bairros, não há previsão de revitalização ou mesmo recuperação do local.
Sequer ações para serem executadas a médio e longo prazo, após a Copa, foram pensadas de acordo com a assessoria da Secopa. Não há programa de limpeza, recuperação e revegetação das margens do córrego ou mesmo soluções para reduzir o volume de esgoto despejado nas águas do Barbado.
Atualmente, o córrego recebe esgoto sem tratamento e parte de sua margem é dominada por ocupações irregulares. Além disso, o mau cheiro toma conta das imediações do córrego e para piorar, a cada chuva, ele transborda e leva toda sujeira às casas e comércios próximos.
No entanto, mesmo com esse problema latente, a Secopa priorizou somente parte da obra da Avenida Parque do Barbado. Inclusive, com um investimento de R$ 23 milhões em um
trecho de quatro quilômetros entre as avenidas das Torres e a Fernando Correa da Costa.
PARQUE DO BARBADO
Contudo, o trecho executado pela Secopa também está longe de ser o que foi idealizado no projeto. Isto porque, estudo a original previa a execução de mais 1.824 metros de extensão da avenida que interligaria as avenidas Jurumirim e Juliano Costa Marques.
A ideia do projeto era executar dois lotes, sendo o último, estimado em R$10, 8 milhões. Mas a conclusão da obra esbarrou na discussão sobre as desapropriações, já que o segundo lote atingiria, pelo menos, 400 famílias dos bairros como Castelo Branco, Renascer, Bela Vista e Pedregal.
Inclusive, a Secopa, profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Justiça Comunitária realizaram entrevistas nos bairros para fazer um levantamento sobre quantas são e em que condições estão instaladas as famílias possivelmente atingidas pela construção da avenida.
A ideia era ter num banco de dados para orientar a melhor forma de realocar essas famílias. Mas devido às dificuldades que haveria na realização das desapropriações, a Secopa optou por desistir do projeto original.
Hoje, o trecho em execução está sob responsabilidade do consórcio Guaxe-Encomind e deveria ter sido concluída, inicialmente, em julho do ano passado. Mas a Secopa aditivou o contrato e agora a obra passa a ter prazo de término em abril.
Fonte: Hipernotícias



