“Recebemos esse relatório com muita naturalidade, já que ele configura um instrumento de alerta e acompanhamento para a secretaria, embora tenhamos a convicção de que as obras – principalmente a da Arena Pantanal – serão concluídas antes da Copa e dentro dos prazos contratuais”, assegurou Guimarães.
Ainda que o último balanço divulgado pela Secopa – em 31 de janeiro – afirme que 62% da Arena já foi concluída, para o TCE o percentual executado é de 31%. O secretário da Copa explica que todos os materiais adquiridos pela Secretaria e entregues no canteiro de obras já são contabilizados como parte da construção.
“Hoje a obra está 62% concluída, considerando o percentual da estrutura que já está no local”, declarou Guimarães embora, admita que a estrutura física montada é menor, algo em torno de 49%.
Pagamentos indevidos
O secretário da Copa também rechaçou a hipótese de que os pagamentos feitos antecipadamente ao consórcio ao consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior – que executa as obras da Arena Pantanal – sejam indevidos ou irregulares.
“Estamos trabalhando de acordo com acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) e assim como está sendo (ou já foi) feito nas 12 subsedes da Copa. Pagamos 27% à indústria que fabrica as estruturas de aço, mais 53% quando chegam e os 27% restantes quando a estrutura é montada”.
Atrasos e Rescisões
Guimarães admitiu atrasos nas obras das trincheiras do Santa Rosa e do Verdão. Ainda assim, assinalou que estes não chegam a 240 dias – conforme informou o TCE – e que são decorrentes de uma sucessão de problemas que aconteceram no início das obras.
O secretário pontuou ainda que a construtora Ster Engenharia Ltda – responsáveis pelas duas trincheiras citadas – já foi notificada duas vezes e o não enquadramento da empresa ao cronograma estabelecido pela Secopa poderá ocasionar a rescisão contratual.
“É como eu disse, o TCE é nosso parceiro e esse relatório serve como um alerta. Já estamos, inclusive, elaborando um plano de providência em relação aos problemas detectados”, garantiu o secretário.
Entre as medidas existentes neste plano, Guimarães destaca o pedido de aumento da hora extra dos trabalhadores de 2 horas para 4 horas feito ao Ministério do Trabalho, além da autorização para que os trabalhadores dos canteiros de obras possam executar os serviços aos finais de semana e em feriados, sem gerar multas às empresas contratantes, o que segundo ele, até então, só é permitido nas obras do VLT.
Camila Ribeiro – Da Redação
Foto: Pedro Alves