A falta de chuva atrasou o início do plantio da soja em Mato Grosso e, em algumas fazendas, está sendo feito o replantio porque devido à baixa umidade algumas plantas não germinaram como deveriam.
O percentual que ainda precisa ser cultivado é baixo, menos de 1% da área total, estimada em 10.300 milhões de hectares, mas tem muitas lavouras em que houve a necessidade de refazer o plantio, como em uma fazenda que fica em Diamantino. O produtor precisou plantar novamente uma área com 50 hectares.
Em outra área da mesma fazenda, com cerca de 250 hectares, as plantas também não nasceram direito, mas o agricultor resolveu não plantar de novo, porque, segundo ele, já não compensaria mais.
O risco de plantar agora é que o prazo que fica apertado e pode comprometer o cultivo do milho na segunda safra, que necessariamente precisa ser feito até o final de fevereiro Com isso, quem plantar soja agora deve colher somente em março e então não há mais período ideal para cultivar o milho.
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e da Associação de Produtores de Soja e Milho (Imea), em Mato Grosso nesta safra os produtores precisaram fazer o plantio de soja duas vezes em uma área total de quase 260 mil hectares, ou seja, cerca de 2,5% do total de 10.300 milhões de hectares.
O momento é de apreensão para boa parte dos agricultores.
A baixa umidade atrapalha o desenvolvimento das plantas e reduz o potencial produtivo das lavouras.
Uma análise recente feita pelo Imea, já se sabe que nesta safra, Mato Grosso vai produzir menos soja por hectare. No comparativo com a safra passada, a redução vai ser de cerca de uma saca e meia por hectare, chegando nesta safra a pouco mais de 57 sacas em média.
Por isso a regularização das chuvas é algo muito esperado, para que as lavouras recuperem a produtividade e os produtores não tenham ainda mais perdas, afinal a gente sabe que o agricultores fazem compromissos com a venda antecipada das safras.