O candidato ao Senado, Sebastião Carlos (Rede), desafiou a candidata Selma Arruda (PSL) a abrir o sigilo bancário para mostrar a origem do dinheiro supostamente utilizado durante período de pré-campanha.
Sebastião Carlos protocolou nesta segunda-feira (1º) um pedido de investigação de denúncia de caixa 2 da campanha de juíza aposentada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso. A Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral investigam a candidata por abuso de poder econômico e caixa 2.
“Quem não deve, não teme. Por isso, faço esse desafio a Selma Arruda, meu sigilo bancário está à disposição para ser mostrado, e gostaria que ela fizesse o mesmo. Só assim saberemos quem é realmente ‘laranja’ nessa história toda, e quem pratica corrupção”, disse.
Neste fim de semana, o juiz eleitoral Jackson Coutinho acatou a ação de Sebastião Carlos contra Selma Arruda, mas negou o pedido de liminar com exigência de busca e apreensão no comitê de Selma para recolher documentos que supostamente comprovar o caixa 2.
Sebastião Carlos afirma haver documentos que comprovam que a juíza aposentada pagou gastos de campanha sem declaração antes da convenção partidária, no fim de julho, cuja movimentação soma R$ 1,882 milhão, dos quais R$ 700 mil já teriam sido compensados via cheques assinados por Selma Arruda.
O candidato afirma que para justificar os cheques assinados, Selma tem o acusado de ser laranja de Nilson Leitão (PSDB), também candidato ao Senado. Ele aparece implicado no caso com informações divulgadas por Selma Arruda de que no dia 26 de agosto participara de reunião com o empresário Junior Brasa, dono da Genius Publicidade, o advogado José Rosa, representante do diretório estadual do PSDB, e o empresário Allan Malouf.
“Ela (Selma) tem que parar de querer fazer ataques para desviar o foco das assinaturas dela em cheques que fica claro e evidente o Caixa 02, a população merece respeito, por isso estou aqui hoje, fui atacado e estou pronto para responder. Ela não, só sabe fazer ataques mas não nega nenhum dos cheques”, disse Sebastião Carlos.