Na noite da última sexta, 23, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu uma entrevista à TV A Crítica, do Amazonas, na qual afirmou que os militares seguirão suas ordens de tomar as ruas, caso necessário.
"Se tivermos problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. E eu tenho falado: eu sou chefe supremo das Forças Armadas. Se precisar, iremos para ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição e se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto", disse.
Segundo ele, as medidas de isolamento social estariam descumprindo a Constituição. "As Forças Armadas podem ir pra rua um dia sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, alguns poucos prefeitos, mas que atrapalha toda nossa sociedade", criticou.
Bolsonaro comentou que o auxílio emergencial foi o que segurou a ocorrência de um caos generalizado no Brasil. Entretanto, ele afirmou que não podia manter o auxílio em R$ 600, valor que foi pago até o ano passado, devido ao endividamento público. "Isso tem prejudicado a família brasileira. O número de suicídio tem aumentado, o desespero… Vamos temer o vírus, mas o desemprego não pode ser abandonado", disse.
Também durante a entrevista, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina, criticou a imprensa e tocou a mão de mais de três funcionários da emissora.