O governador Mauro Mendes disse, nesta terça-feira (14), que a retomada de investimento em serviços públicos depende a melhora do crescimento da economia do País. Segundo ele, o cenário continuar com desaquecimento, a arrecadação irá cair e o Estado será obrigado a fazer novos cortes para contingenciamento das despesas públicas.
“Estamos tomando várias medidas de maneira silenciosa, estamos tomando medidas de corte de gastos, redução de despesas, tanto que já é perceptível, por muitos setores, que o governo vem melhorando seu desempenho, mesmo num momento de crise. [Mas], nós temos que ir acompanhando o movimento da economia brasileira. Já existe um sinal claro que o PIB (Produto Interno Bruto) está em franco declínio este ano e se isso realmente se confirmar, vai afetar profundamente a arrecadação. Se entra menos dinheiro, temos que cortar mais despesas”.
Ele disse que vê com preocupação os cortes que têm sido anunciados pelo governo federal, mas acredita serem necessários por causa da queda dos resultados da economia do País. Segundo ele, os cortes são reflexos da queda da arrecadação gerada pelo desaquecimento.
Segundo o governador, os efeitos são sentidos pelos Estados e municípios, o que pode atingir também os investimentos públicos num momento em que as unidades ainda lutam para sair da crise.
“Se a economia diminui, a arrecadação do governo estadual e do município diminui, isso poderá ainda mais grave problemas a todos nós”.
Questionado sobre o corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais, o governador afirmou que os movimentos de protestos “não resolvem” a situação econômica e que a recuperação depende da aprovação das reformas, enfatizando a da Previdência.
“Não adianta espernear, gente; não adianta fazer protesto; devemos trabalhar. Eu espero que o Legislativo aprove a reforma da Previdência. A União, os Estados e os não produzem riqueza, quem produz é o cidadão. Se o Estado está gastando mal, gastando muito, cada vez mais nós vamos que avançar no bolso do cidadão e tomar dinheiro das empresas e gastar mal”.
