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Sargento mata família e se mata logo em seguida

Um operador de máquinas que mora perto do sítio onde cinco pessoas da mesma família foram mortas por um sargento da Polícia Militar aposentado ouviu gritos pedindo por socorro. "Fui até lá [após ouvir os gritos]. [O militar] estava com a arma na mão", contou Leonardo de Oliveira. Segundo a Polícia Militar, Sérgio Ricardo da Silva, de 53 anos, matou a esposa, a filha adotiva, a enteada, o sogro e a mulher dele na noite desta sexta-feira (2) em Extrema (MG). Em seguida, ele se suicidou.

Oliveira viu ainda Kátia Marques de Morais, de 36 anos, mulher do sargento, que estava ferida. "Eu vi a moça segurando o braço, estava atingida, aí ele [o militar] me viu e veio. Eu corri, depois ele voltou de novo, aí eu acho que ela escondeu no banheiro. Ele chutou a porta. Aí eu desci, ouvi um disparo, aí quando cheguei em casa e liguei pra polícia, pra ambulância, aí eu ouvi mais dois disparos e não ouvi mais nada depois", conta.

A polícia foi chamada por volta das 19h. A suspeita é que o policial tenha se desentendido com a mulher, que foi morar junto com as filhas na casa dos pais. Ele continuava na casa da família, que fica ao lado da chácara onde o crime aconteceu, na estrada que liga Extrema ao município de Toledo (MG). Quando os policiais chegaram ao local, todos já estavam mortos.

A esposa do militar, Kátia, foi encontrada no banheiro da casa. A enteada Kamila Marques de Morais Silva, de 14 anos, e a filha adotiva do casal, Evellyn Marques da Silva, de 12, foram encontradas em um dos quartos. O sogro dele e a mulher, José Ribamar de Morais, de 68 anos, e Crenisa de Souza Amorim, de 43, estavam na cozinha externa da chácara.

Segundo a médica legista que acompanha o caso, Tatiana Telles e Koeler de Matos, as meninas levaram muitos tiros. “Me chamou a atenção a quantidade de tiros. A Evellyn com seis tiros, a Kamila com quatro tiros. As duas com lesão de defesa, com tiros na cabeça, então realmente a intenção de matar era nítida”, disse.

Separação
A Polícia Militar informou que Silva já trabalhou em pelo menos três batalhões da PM em São Paulo e estava aposentado. Há alguns anos, ele morava na chácara em Extrema junto com a família e estava em processo de separação, o que pode ter motivado o crime.

“Segundo informações dos vizinhos, eles estavam separados há algum tempo e isso pode ter gerado esse conflito que se transformou numa tragédia”, afirmou o subcomandante da Polícia Militar, capitão Oldair Aparecido de Freitas.

O policial militar reformado Devaldir Teodoro, que também tem uma chácara na região, diz que Silva trabalhava no batalhão de choque, em São Paulo, e não costumava falar muito. "Era um vizinho mais próximo que era PM também, então a gente procura fazer uma amizade, ter uma união quando precisar. Mas foram poucas palavras também [que trocamos], não cheguei a conhecer ele realmente. Ele não era muito de conversar", conta.

Os seis corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Pouso Alegre (MG). Sérgio Ricardo da Silva será sepultado no Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo (SP). Os outros corpos estão sendo liberados pelo IML e levados para Extrema. Segundo informações da funerária, por decisão da família, os corpos serão velados por pouco tempo e sepultados em seguida, ainda na noite deste sábado.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Extrema.

Fonte: G1

Redação

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