Ao menos uma das questões que circundava o Complexo da Salgadeira foi resolvida. Nesta semana, o governo do estado e o Ministério Público Estadual (MPE) firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permite aos usuários do local o tradicional banho de cachoeira. No entanto, ainda não há previsão de liberação do complexo para uso e explicações sobre o funcionamento do balneário ainda são vagas.
Após diversos adiamentos, as obras na Salgadeira têm novo prazo para finalização. Segundo o governo, as instituições responsáveis têm até o dia 15 de junho para a entrega do local, quase 70 dias depois da data original, de 8 de abril, já que seria parte do aniversário de Cuiabá.
De acordo com o governo, para garantir a preservação do meio ambiente, mas também liberar o lazer tradicional à população, haverá critérios para o banho no local: o acesso à cachoeira será permitido para, no máximo, 90 banhistas simultaneamente, divididos igualmente para cada margem do rio. A medida foi proposta no processo de licenciamento ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Em oportunidade anterior, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que comandou a Secretaria de Estado de Cidades (Secid), já havia destacado que, caso houvesse a liberação do banho no local, o qual considerou “um direito da população”, em razão da tradição, seria com a capacidade limitada. No entanto, ainda não há maiores explicações a respeito de como será feito o controle da população – se o acesso terá tempo limitado ou se "as portas" se fecham após atingir o limite.
No local, as obras, que se iniciaram para a Copa do Mundo de 2014, ainda não estão completas. Desde março o governo tem anunciado que o complexo estava com 95% de conclusão, mas, nessa semana, tornou a afirmar que a reforma não foi concluída. Também ainda não foi divulgado o nome da empresa que será responsável pela administração temporária do local.
Fechado há quase uma década, o Complexo Turístico da Salgadeira foi interditado em 2010, devido a vários problemas ambientais, como a disposição de resíduos a céu aberto, causados pela ocupação e uso irregular do espaço ao longo dos anos. As obras de revitalização começaram em 2014 e deveriam ter sido entregues até a realização da Copa Mundo, no mesmo ano, mas ficaram paralisadas até 2016, quando a empresa Concremax assumiu o serviço e retomou os trabalhos.
Apesar disso, o local ainda não tem data firmada para abertura ao público, embora, apenas em 2018, já tenham sido anunciadas duas datas, que acabaram adiadas pelo Governo do Estado.
Primeiramente, foi adiada em razão “das fortes chuvas”, no dia 3 de abril. No último final de semana, o governador Pedro Taques determinou que se adiasse, mais uma vez, a entrega do local. Conforme as apurações, o governo não contratou uma empresa para administrar o Complexo, o que inviabiliza a inauguração.
A Salgadeira ganhou estrutura moderna e deve ficar mais organizada, funcionando com um complexo que abrange restaurante, loja de souvenir, área administrativa, playground, trilhas, mirantes, rampas, portas de acessibilidade e até um miniauditório. Quem for conhecer o local também encontrará com estacionamento com vagas para 100 automóveis.
No complexo, também deve haver 24 postes de iluminação com lâmpadas de LED movisdas à energia solar, além da implantação de 540 metros de trilhas metálicas, por onde os visitantes deverão passear.
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