Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) afirmou que pretende contar com o apoio do setor do agronegócio. O parlamentar ainda explicou que sua candidatura fará parte do grupo de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB), possível candidato à reeleição.
Sachetti comentou que sua candidatura ainda está em fase de construção. Neste período, ele afirmou que tem buscado parcerias para fortalecer sua campanha. “Estamos começando a conversar com as pessoas para começar a construir uma candidatura. Temos determinação para a disputa, mas depende de todo um contexto e arranjo político, que estamos trabalhando para fazer”, declarou, em entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (23).
O parlamentar disse que chegou a conversar com o governador Pedro Taques sobre a candidatura ao Senado Federal. No entanto, destacou que não pretende se aliar ao tucano.
“Não deixei de conversar com ninguém. Mas estou trabalhando para construir um grupo alternativo, que hoje passa a ser oposição ao atual governo”, pontuou.
Ele comentou que o grupo do qual faz parte conta com nomes como o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o deputado estadual Zeca Viana (PDT) e os ex-governadores Júlio e Jayme Campos (DEM).
“Estamos conversando para construir uma candidatura para disputar o governo do Estado e, por consequência, um espaço para disputar o Senado”, disse.
Entre os nomes que fazem parte do seu atual grupo estão dois possíveis adversários ao Senado: Fávaro e Jayme Campos. “Cada um com sua característica e trabalho prestado ao Estado. Vai ser aquele que tiver mais argumentos para convencer o leitor de que ele é a pessoa mais indicada ao cargo”.
Fávaro, Sachetti e Jayme possuem um importante ponto em comum: o agronegócio. Os três contam com o setor para que possam se eleger. Uma possível candidatura deles ao mesmo cargo pode acabar dividindo os votos no agronegócio. Porém Sachetti afirma ser o candidato com mais ênfase no setor.
“Eu tenho uma história no setor que me dá credencial para sonhar com esse cargo ao Senado. Ninguém é mais legítimo do que eu. Se há outros que também são legítimos, são porque estão dentro da atividade do agronegócio. O Carlos Fávaro e o Jayme são produtores rurais, mas eu tenho uma história no setor. Trabalhei em muitas frentes da agropecuária no Estado. Acho que tenho essa credencial de representar o agronegócio”, justificou.
Por fim, Sachetti declarou que não acredita que possa haver uma divisão entre o setor do agronegócio em razão dos diversos nomes do setor na disputa ao Senado. “Sairão dois [eleitos] se for do mesmo grupo, como estamos. A oportunidade da eleição depende de nós, da competência de cada um para superar os outros candidatos. Os outros grupos também terão outros candidatos”, frisou.
Apoio de Maggi
O maior apoio que Sachetti espera conseguir é o do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Para ele, a ajuda de Maggi pode ser fundamental para angariar votos, principalmente no setor do agronegócio.
“O Blairo colocou, com todas as letras, que não queria se envolver no processo político, mas claro que na hora em que as coisas estiverem arranjadas e as coisas estiverem fluindo, eu vou pedir o voto a ele e vou chamá-lo para me ajudar a me eleger. Tenho clareza de que terei o apoio do Blairo, mas na hora certa. Agora não tem como o Blairo se envolver naquilo que falou que não iria fazer. Não descarto e acredito que terei o apoio dele”, asseverou.