A cidade de São Paulo tem novas chuvas na noite deste sábado, 1º, e o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE) decretou estado de atenção para alagamentos na zona leste. A capital amanheceu com diversos pontos de alagamento na Marginal Tietê e em bairros da região leste, como Jardim Pantanal e São Miguel Paulista. Guarulhos, Franco da Rocha e Caieiras também foram bastante afetadas pelo temporal da véspera.
Conforme o órgão municipal, “o tempo abafado e úmido gerou áreas de instabilidade sobre a Grande São Paulo”. De acordo com os dados do radar meteorológico da Prefeitura, os pontos mais intensos “se concentram na região da Mooca, Aricanduva e Sapopemba”.
A previsão é de que o tempo abafado, acompanhado de temporal no fim da tarde e durante a noite, se repita no domingo, 2, e na segunda-feira, 3. O tempo instável e chuvoso é causado pelo fenômeno de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Os dados do CGE mostram ainda que fevereiro acumulou até o fim da tarde deste sábado 35,6 milímetros de chuva, o que corresponde a 16,3% dos 217,8mm esperados para o mês. Conforme o Estadão mostrou, o número de dias com temporal extremo na Grande São Paulo praticamente triplicou em uma década.
Estado diz que Tietê não transbordou; Prefeitura nega entupimento de galeria
A Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura, da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que o Tietê não transbordou. E a pasta diz que os alagamentos podem ser resultado de entupimento ou insuficiência de galerias pluviais.
Já o Município, da gestão Ricardo Nunes (MDB), nega ter identificado entupimento em galerias. O prefeito destacou ainda os investimentos na área e o volume elevado de chuvas. Mas reconheceu a necessidade de que avance o desassoreamento dos rios e disse tratar disso em reuniões com o Estado.
Um deslizamento de terra também interrompeu a circulação da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre as estações Francisco Morato e Botujuru. O maquinista ficou levemente ferido e não havia passageiros no momento do acidente.
Nunes visitou neste sábado o Jardim Pantanal, bairro historicamente afetado pelos alagamentos. No local, ele disse que a área é uma das mais complexas da cidade, uma vez que ficam abaixo do nível do rio. A Prefeitura, acrescentou, atua para remover moradores de áreas de risco – 4,8 mil já foram retiradas da região por meio da concessão de moradia ou do auxílio aluguel.