Ao reforçar que os projéteis foram disparados pela mesma arma, calibre 22, Michels disse que o assassino pode se tratar de um psicopata.
"Isso pode ser indicativo de uma psicopatia. Existem várias nuances do que pode ter ocorrido", afirmou ao citar também as mortes de outros três taxistas ocorridas na última semana na cidade de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Segundo ele, os crimes num curto espaço de tempo evidenciam um "fato inédito" na crônica policial do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Ranolfo Vieira Junior, chefe da Polícia Civil, falou que a investigação baseia-se basicamente nas hipóteses de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). Ele disse que a polícia ainda busca saber se os três motoristas mortos tinham algum tipo de relação e descartou que a morte dos taxistas no município de Santana do Livramento tenha ocorrido pela mesma arma, apesar de ser do mesmo calibre.
Ele disse ainda que a polícia já tem toda a cronologia dos fatos e acredita que o crime tenha sido cometido por apenas uma pessoa. A hipótese de latrocínio é a mais forte porque não foi encontrado dinheiro nos veículos e os aparelhos de som de dois carros haviam sido retirados.
Apesar disso, a polícia não tem nenhum suspeito e agora está tentando conseguir as imagens dos circuitos de segurança das empresas localizadas nas proximidades dos locais dos crimes, o que tem sido dificuldade por causa do feriado de Páscoa.
Os taxistas Claudio Gomes, Edson Borges e Eduardo Ferreira foram encontrados mortos durante a madrugada de ontem em diferentes pontos da cidade. Após a identificação da primeira vítima, os motoristas realizaram uma manifestação que percorreu as ruas de Porto Alegre até a casa do governador do Estado, Tarso Genro. Por volta das 12h30 ocorreu uma nova reunião de motoristas em frente ao Palácio da Polícia. Os manifestantes ocuparam duas faixas da avenida Ipiranga e saíram em carreata pela cidade pedindo mais seguranças para os taxistas nas ruas.
Fonte: Terra