A denúncia que motivou o inquérito da Polícia Civil encaminhado para o Ministério Público (MP) partiu da família de um ex-seminarista, hoje com 16 anos, supostamente abusado pelo religioso. O promotor de Justiça André Luis Dal Molin Flores encaminhou na quinta-feira o processo para análise do setor de psicologia do MP. Flores poderá optar por solicitar novas diligências, arquivar o processo ou denunciar Kozlowski. O crime teria ocorrido dentro do Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Caxias do Sul (RS), no dia 20 de setembro de 2011. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
O garoto só revelou o fato aos pais em julho do ano passado, quando resolveram procurar a polícia. Em depoimento, o adolescente contou que entrou com o padre em um quarto para ajudá-lo a carregar pertences quando o religioso fechou a porta e passou a beijá-lo e passar as mãos em suas partes íntimas. Ele fugiu antes que o estupro se consumasse. No mesmo dia, o padre teria dado R$ 50 ao seminarista e pedido que não comentasse o caso. Em 2006, o padre foi preso em flagrante na sua chácara particular, com armas e munições sem registro. Atualmente, vive em uma casa de retiro de religiosos aposentados. A reportagem tentou ouvir Kozlowski, mas a coordenação da casa disse não ser possível porque ele está abalado psicologicamente. O bispo dom Alessandro Ruffinoni disse que se manifestará hoje sobre o caso.
Fonte: Terra