Cidades

Rotina pesada adoece motoristas de ônibus na Capital

Motoristas do transporte coletivo estão frequentemente expostos a altas temperaturas, trânsito caótico, bancos pouco confortáveis, além de lidar diariamente com passageiros um tanto ‘mal-humorados’. Decorrente desta pesada rotina, muitos são lesionados ou acometidos por doenças emocionais.
Há aqueles que optam por se afastar das funções com atestados médicos, devido ao estresse do dia a dia, outros pelas dores frequentes que sentem no corpo, principalmente ósseas e musculares. 
 
Este é o caso de Hildo Antônio do Nascimento, de 48 anos. Há 18 anos na profissão, já ficou quatro mses afastado do volante devido a fortes dores na coluna recorrente a uma infecção no nervo ciático. 
 
“Travei umas quatro ou cinco vezes, quase não consegui andar, e fiquei imóvel na cama. Tive ajuda da minha mulher para atividades básicas do dia a dia, como tomar banho. Hoje está tudo bem depois tratamento que fiz, ainda tenho dores, mas são suportáveis”, disse. 
 
O mesmo aconteceu com Juliano Rodrigues de Lara, de 46 anos. Ele também ficou 15 dias afastado da direção, devido às dores. “Minha coluna estava inflamada, aí o médico passou injeções, remédios para tomar e mais 15 dias de repouso. A profissão acarreta esses tipos de problema, principalmente na coluna”, relatou.
 
Ambos disseram que têm vários colegas com os mesmos sintomas, mas também afirmaram que muitos sofrem com o estresse. O motorista Marinaldo Bispo dos Santos, de 42 anos, disse que sofre desta patologia devido ao fato de a profissão estar relacionada ao trânsito caótico, além de ter de aguentar o confronto com passageiros. 
 
“Ainda mais agora que nós estamos fazendo tripla função, não tem mais o cobrador. Tem o cadeirante para pegar, cuidar de idoso que entra na porta de trás, agora temos que cobrar, enfrentar ladrão, além de dirigir. Você entra na empresa com a função de motorista, mas você acaba fazendo mais do que deveria”, acredita.
 
Ele, que não faz nenhum tipo de tratamento para evitar o estresse, acredita que se a empresa em que trabalha oferecesse um acompanhamento psicológico para cada servidor ajudaria muito: “Não faço nenhum tipo de tratamento, mas acho que deveria fazer também um acompanhamento psicológico pela empresa. Para a empresa reservar um dia para o tratamento com um psicólogo”.
 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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